Reflexões para estimular e despertar a emancipação do sujeito; contribuindo para construção do conhecimento crítico e científico na temática de saúde, educação e direitos humanos

13 de set. de 2011

Verrugas genitais

Vacina para verrugas genitais  

O vírus HPV — sigla de papiloma vírus humano — é responsável por quase 100% dos casos de câncer no colo uterino. No Brasil, 4.800 mulheres morrem vítimas desse câncer a cada ano, segundo dados de 2008 do Instituto Nacional de Câncer (Inca). O Inca também afirma que o colo do útero é a segunda região do corpo feminino mais atingida pela doença, perdendo apenas para a mama. Entre as formas de prevenção contra o HPV, a vacina tem dado bons resultados, mas só é oferecida em clínicas particulares, a um preço médio de R$ 900.



http://www.robsonpiresxerife.com/blog/notas/
liberada-vacina-contra-hpv-para-homens/


Essa realidade, no entanto, pode estar prestes a mudar. Um projeto de lei do Senado (PLS 238/11), da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), assegura às mulheres de 9 a 45 anos de idade o direito de receber a vacina contra o HPV pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país.



O projeto foi recentemente aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Agora, está na Comissão de Assuntos Sociais, onde será debatido em decisão terminativa — segue direto para a Câmara caso não haja recurso para votação no Plenário do Senado.



Verrugas Genitais http://debbybruck.hubpages.com/hub/
Homeopathy-Genital-Warts-HPV-Gardasil

Segundo o Ministério da Saúde, um dos principais obstáculos para a oferta universal da vacina contra o HPV pelo SUS é o custo — R$ 1,857 bilhão, apenas para a cobertura da faixa etária 11 a 12 anos, o equivalente a quase o dobro do recurso utilizado para os 200 mil pacientes portadores do HIV tratados pelo SUS. Desde 2006, o Ministério avalia a incorporação da vacina contra o HPV na rede pública, mas até o momento não há previsão para que ela seja oferecida.



Além do custo, há também o fator de ser uma vacina recente. De acordo com o Ministério da Saúde, a duração da imunidade conferida pela vacina ainda não foi determinada, já que só começou a ser comercializada no mundo há poucos anos. Até o momento, só se tem garantia de cinco anos de proteção. O Ministério também acompanha o desenvolvimento de uma nova vacina contra o HPV que seria mais eficaz e, por isso, questiona se é o momento certo para se liberar a vacina atual pela rede pública.



Na CDH, a relatora do projeto, senadora Ângela Portela (PT-RR), reconheceu que a oferta gratuita da vacina teria um alto custo, mas alegou que os benefícios sociais e sanitários vão superar os gastos.



Vanessa Grazziotin exemplificou que vários países já usam a vacina apenas em áreas onde a incidência do câncer de colo de útero é maior, o que pode ser feito também no Brasil. A senadora afirmou que, há algum tempo, está dialogando com o Ministério da Saúde sobre o tema.



Fonte: http://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/noticia.asp?codEditoria=521&dataEdicaoVer=20110802&dataEdicaoAtual=20110802&nomeEditoria=Especial+Cidadania

Um comentário:

  1. Imunização não exclui exame preventivo

    Existem dois tipos de vacina contra o HPV. A bivalente contém partículas semelhantes aos vírus do tipo 16 e 18, os mais comuns causadores do câncer de colo de útero. A dose custa cerca de R$ 120. A vacina quadrivalente combate, além dos vírus 16 e 18, o 6 e o 11, responsáveis por causar as verrugas genitais, tanto em mulheres quanto em homens. A dose da quadrivalente tem um custo médio de R$ 350. Ambas as vacinas devem ser aplicadas em três doses e só são liberadas para mulheres de 9 a 26 anos. No PLS 238/11, a idade das mulheres a serem vacinadas seria estendida até os 45 anos.

    Segundo a autora do projeto, essa ampliação se justifica pela evolução dos estudos clínicos, que já observam uma regressão nas lesões em mulheres que são vacinadas mesmo já tendo contraído o HPV.

    De acordo com o ginecologista obstetra Arnaldo Joaquim de Santana, do Serviço Médico do Senado, é importante ressaltar que, mesmo com a vacina, a mulher não estaria totalmente livre do câncer do colo de útero. Isso porque a imunização criada só combate dois tipos de vírus HPV com alto risco de câncer. Por isso, a mulher deve continuar fazendo o exame preventivo, conhecido como papanicolau, capaz de diagnosticar a presença do vírus e as lesões antes da formação do câncer.

    — A lesão detectada em estágio inicial é 100% curável — afirmou o médico.

    Hoje, o SUS oferece gratuitamente às mulheres o exame preventivo ginecológico em todos os estados do país. Basta procurar a Secretaria de Saúde do município para obter informações. Em sua justificação para o projeto de lei, Vanessa Grazziotin afirmou que a incidência do câncer de colo de útero é heterogênea nas diferentes regiões do país. Nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, o câncer atinge mais mulheres, devido à pobreza e à dificuldade de acesso aos serviços públicos. Por isso, a vacina seria mais uma estratégia no combate à doença.

    ResponderExcluir

Obrigado pela sua reflexão, volte sempre!