Reflexões para estimular e despertar a emancipação do sujeito; contribuindo para construção do conhecimento crítico e científico na temática de saúde, educação e direitos humanos

31 de ago. de 2010

Violência

O que me assusta não é a violência de poucos, mas a omissão de muitos

Entra ano sai ano; política e sai política; anos são acrescentados em nossas vidas e observa-se a alienação. Pensar? Planejar? Intervir? Projetar? Transformar-se?... Embora sejam fortes e transparentes a esperança de nós raul-soarenses, a política local reflete um realidade entediante; passiva demais! Como diz cazuza parece que a sociedade esta anestesiada; mas o que fazer para mostrar esta indignação? Este sentimento que arrebata alma, que no seu âmago; em sua essência anseia em dizer não a tudo que ta aí, a querer um pouco mais, a não pensar apenas no próprio umbigo, a ainda sonhar com uma Raul Soares, que também pode ser um “País”?

A realidade política municipal me assusta. Diante de uma mobilização social tímida, cada voz ecoando apenas para si, conselhos reprimidos e manipulados, sensação de repressão, desinformação, descompromisso, inatividade, passividade política, descrença.

A ausência de transformações sociais e econômicas no município está diretamente ligada ao fato de a sociedade ter um comportamento tímido de mobilização social. O que se observa é que muita coisa só funciona no tranco ou então em um tempo como este onde o político precisa do voto para permanecer “representando o interesse coletivo” ou de seu reduto.

Passamos vários anos sem um evento artístico em Raul Soares de nível Nacional no Parque de Exposições e somente neste ano, de eleições , tivemos a tão sonhada “Exposição Agropecuária”, um crime utilizar este título mas...

A falta de mobilização social entre a população propiciou a proliferação do "voto de cabresto" na cidade.

Praticada especialmente nos distritos e bairros mais afastados da região central, a “compra” pela preferência política responsável por gerir interesses coletivos, favorece o estabelecimento de uma “cidade submetida a estilos autocráticos de governo, refratários ao diálogo com segmentos sociais”.

Além da apatia política e "voto de cabresto", a história política de Raul Soares vem se arrastando entre um grupo que já esteve no poder e outros que de forma oportunista, pegaram carona em outros e chegaram ao poder de forma simples, singela, pé no chão, descalço. Atrás dessa pureza uma rivalidade histórica, que somos como cidadãos obrigados a conviver, assistindo e participando desta luta pelo poder.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pela sua reflexão, volte sempre!