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20 de nov. de 2017

Febre Amarela


A Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, através da Subsecretaria de Vigilância e Proteção à Saúde emitiu alerta, para intensificação da Vigilância da Febre Amarela Silvestre.

Embora a febre amarela no Brasil seja endêmica, sobretudo na região amazônica; há registros de surtos de febre amarela além da região amazônica, quando o vírus encontra uma população não vacinada.

Deve-se enfatizar que epizootias de primatas não humanos (PNH) em períodos considerados de baixa ocorrência é um indicativo de que as condições para transmissão da febre amarela estão favoráveis, tal constatação, exige esforços adicionais para as ações de vigilância, prevenção e controle da doença.

A Subsecretaria de Vigilância e Proteção a Saúde – SUBVPS, da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais sugere intensificar a vacinação contra a Febre Amarela para melhorar a cobertura vacinal nos municípios até atingir pelo menos 95% da população vacinada, com priorização das populações de áreas rurais e silvestres, principalmente para aqueles indivíduos com maior risco de exposição (população de área rural, silvestre, pessoas que fazem turismo “ecológico” ou “rural”, agricultores, extrativistas e outros que adentram áreas de mata).  Os municípios devem aumentar a atenção para detectar casos de indivíduos que apresentem doenças febris agudas a esclarecer.

Recomenda acompanhar continuamente no território a ocorrência de morte de primatas (macacos), definida como epizootias em primatas não humanos (PNH). Os profissionais de saúde e todo cidadão deve ter conhecimento sobre a doença e a importância de comunicar ao serviço de saúde mais próximo à ocorrência de morte de macacos de qualquer espécie (epizootias em primatas não humanos). O município é responsável por investigar tanto os casos humanos suspeitos de febre amarela, quanto os casos suspeitos ou de rumor de morte de macacos em até 24 horas.

Tão importante quanto à investigação é a viabilidade de amostras biológicas para o diagnóstico laboratorial, conforme preconizado no Manual de Vigilância Epidemiológica de Febre Amarela e no Manual de Vigilância de Epizootias em Primatas Não Humanos, publicados pelo Ministério da Saúde, desta maneira garante-se amostras para o diagnóstico patológico suspeito.

Chama atenção para a necessidade de se realizar parcerias, para divulgação de informações, além dos setores da saúde, como atenção básica, núcleos de vigilância epidemiológica e hospitalar, os órgãos de turismo, meio ambiente, agricultura entre outros, devem se envolver tanto na condição de receptores quanto de divulgadores e multiplicadores da informação.

Vale ressaltar que entre os meses de junho e novembro; considerados como meses de baixa ocorrência de casos de febre amarela, a Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano registrou ocorrência de epizootias de primatas não humanos em diversos municípios, como Antônio Dias, Imbé de Minas, Coronel Fabriciano, Joanésia e Timóteo.
A ocorrência destes eventos evidencia a atividade do vírus no ambiente silvestre e a necessidade de implementar estratégias recomendadas para intensificação de ações de Vigilância da Febre Amarela no território, como vacinação, vigilância das epizootias e ações de educação e promoção de saúde.
O alerta da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais é um sobreaviso, que requer precaução e vigilância dos serviços municipais de saúde. Como resposta espera-se que os municípios iniciem imediatamente as ações recomendadas e preconizadas pelo Ministério da Saúde para Vigilância e controle da Febre Amarela, conforme alerta da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais.