A Secretaria Estadual de
Saúde de Minas Gerais, através da Subsecretaria de Vigilância e Proteção à
Saúde emitiu alerta, para intensificação da Vigilância da Febre Amarela
Silvestre.
Embora a febre amarela no Brasil
seja endêmica, sobretudo na região amazônica; há registros de surtos de febre
amarela além da região amazônica, quando o vírus encontra uma população não
vacinada.
Deve-se enfatizar que epizootias
de primatas não humanos (PNH) em períodos considerados de baixa ocorrência é um
indicativo de que as condições para transmissão da febre amarela estão
favoráveis, tal constatação, exige esforços adicionais para as ações de
vigilância, prevenção e controle da doença.
A Subsecretaria de Vigilância e
Proteção a Saúde – SUBVPS, da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais
sugere intensificar a vacinação
contra a Febre Amarela para melhorar a cobertura vacinal nos municípios
até atingir pelo menos 95% da população vacinada, com priorização das
populações de áreas rurais e silvestres, principalmente para aqueles indivíduos
com maior risco de exposição (população de área rural, silvestre, pessoas que
fazem turismo “ecológico” ou “rural”, agricultores, extrativistas e outros que
adentram áreas de mata). Os municípios
devem aumentar a atenção para detectar casos de indivíduos que apresentem doenças
febris agudas a esclarecer.
Recomenda acompanhar continuamente no território a
ocorrência de morte de primatas (macacos), definida como epizootias em primatas
não humanos (PNH). Os profissionais de saúde e todo cidadão deve ter conhecimento
sobre a doença e a importância de comunicar ao serviço de saúde mais próximo à
ocorrência de morte de macacos de qualquer espécie (epizootias em primatas não
humanos). O município é responsável por investigar tanto os casos humanos
suspeitos de febre amarela, quanto os casos suspeitos ou de rumor de morte de
macacos em até 24 horas.
Tão importante quanto à
investigação é a viabilidade de amostras biológicas para o diagnóstico
laboratorial, conforme preconizado no Manual de Vigilância Epidemiológica de
Febre Amarela e no Manual de Vigilância de Epizootias em Primatas Não Humanos,
publicados pelo Ministério da Saúde, desta maneira garante-se amostras para
o diagnóstico patológico suspeito.
Chama atenção para a necessidade de se
realizar parcerias, para divulgação de informações, além dos setores da saúde,
como atenção básica, núcleos de vigilância epidemiológica e hospitalar, os órgãos
de turismo, meio ambiente, agricultura entre outros, devem se envolver tanto
na condição de receptores quanto de divulgadores e multiplicadores da informação.
Vale ressaltar que entre os meses de
junho e novembro; considerados como meses de baixa ocorrência de casos de febre
amarela, a Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano registrou
ocorrência de epizootias de primatas não humanos em diversos municípios, como Antônio
Dias, Imbé de Minas, Coronel Fabriciano, Joanésia e Timóteo.
A ocorrência destes eventos evidencia
a atividade do vírus no ambiente silvestre e a necessidade de implementar estratégias
recomendadas para intensificação de ações de Vigilância da Febre Amarela no
território, como vacinação, vigilância das epizootias e ações de educação e
promoção de saúde.
O alerta da Secretaria Estadual de
Saúde de Minas Gerais é um sobreaviso, que requer precaução e vigilância dos
serviços municipais de saúde. Como resposta espera-se que os municípios iniciem imediatamente as ações recomendadas
e preconizadas pelo Ministério da Saúde para Vigilância e controle da Febre
Amarela, conforme alerta da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais.