Reflexões para estimular e despertar a emancipação do sujeito; contribuindo para construção do conhecimento crítico e científico na temática de saúde, educação e direitos humanos
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3 de out. de 2020
4 de jan. de 2018
Febre amarela
Febre amarela em Minas Gerais
No período de 2016/2017 foi registrado um dos eventos mais expressivos da
história da Febre Amarela no Brasil. A dispersão do vírus alcançou a costa leste
brasileira, na região do bioma Mata Atlântica, que abriga uma ampla
diversidade de primatas não humanos e de potenciais vetores silvestres e
onde o vírus não era registrado há décadas. Na região Leste do Estado de Minas Gerais, especificamente Caratinga e região a perda de vidas humanas e silvestre foi grande, em relação a primatas não humanos incontável.
Presenciar a reemergência de uma doença após 75 anos, com acometimento de um número grande de pessoas; além de ser um fato histórico, nos colocava diretamente com o sofrimento humano, a luta pela sobrevivência, o envolvimento emocional dos familiares, a persistência incessante de diversos profissionais tendo que lhe dar diretamente com situações extremas, articulando e planejando todos os tipos de assistência necessários. Experimentamos a construção de trabalhos ininterruptos que atravessavam a madrugada, convivendo com a pressão da mídia e mobilização social por informações, além do estresse, fadiga, conflitos de relacionamento interpessoal, distância de familiares, amigos e exposição a riscos imensuráveis.
Presenciar a reemergência de uma doença após 75 anos, com acometimento de um número grande de pessoas; além de ser um fato histórico, nos colocava diretamente com o sofrimento humano, a luta pela sobrevivência, o envolvimento emocional dos familiares, a persistência incessante de diversos profissionais tendo que lhe dar diretamente com situações extremas, articulando e planejando todos os tipos de assistência necessários. Experimentamos a construção de trabalhos ininterruptos que atravessavam a madrugada, convivendo com a pressão da mídia e mobilização social por informações, além do estresse, fadiga, conflitos de relacionamento interpessoal, distância de familiares, amigos e exposição a riscos imensuráveis.
Para
a Saúde Pública uma mudança de paradigmas, novas reformulações, reelaboração de
protocolos, alerta para a circulação de vírus por regiões até então sem
registros recentes. Diversos eram os questionamentos, poderia ser um vírus
mutante? Desastres ambientais de grande proporção em Minas Gerais contribuíram
para esta reemergência?
Grandes
e irreparáveis foram os danos, vidas humanas e silvestres foram perdidas, tendo
como consequência o desequilíbrio para o ecossistema, além de danos econômicos,
emocionais e da visibilidade internacional. Estima-se que milhares de macacos tenham
morrido inclusive espécies podem ter se extinguido, antes mesmo de serem
conhecidas e estudadas.
Epizootias em Primatas Não Humanos (macacos), confirmadas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, detectadas recentemente nas mesmas áreas afetadas no surto recente de 2016/2017, indicam a manutenção da transmissão local e do risco as populações humanas.
Epizootias em Primatas Não Humanos (macacos), confirmadas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, detectadas recentemente nas mesmas áreas afetadas no surto recente de 2016/2017, indicam a manutenção da transmissão local e do risco as populações humanas.
A
maneira de prevenir, este mal amarelo, esteve sempre à disposição na unidade de saúde mais
próxima, embora nem sempre dava-se importância para algo que não representava uma
ameaça. O que presenciamos nos dias seguintes a confirmação de casos de febre amarela foi aterrorizante: filas intermináveis,
população dormindo em postos de saúde, todos queriam a vacina; alguns
desavisados acreditavam que uma dose não bastava e faziam uma verdadeira via sacra pelos
postos para tomarem outra, pensando que assim poderiam garantir “uma
proteção maior”, não sabendo que o risco de desenvolver a doença pelo
excesso é tão grande quanto o risco de adquirir se não tomar.
Depois de tudo
será que hoje todo mundo guardou o cartão com a dose registrada que tomou? Na
hora de comprovar que está vacinado você tem o cartão? Se não tem providencie,
pois você pode precisar dele quando menos esperar e pode ter certeza você vai
precisar!
Fonte: Acervo autor |
Afinal,
o amarelo que deve prevalecer é o impregnado pelos carotenoides, o que embeleza
a natureza pelas flores e frutos ou o que todos nós conhecemos, seja no losango
da nossa bandeira ou a camisa nº1 da Seleção Brasileira de Futebol.
Fonte: Acervo autor |
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