Reflexões para estimular e despertar a emancipação do sujeito; contribuindo para construção do conhecimento crítico e científico na temática de saúde, educação e direitos humanos

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14 de jul. de 2018

Vacinação

A Cobertura vacinal efetiva de uma população, se concretiza apartir de serviços de saúde fortalecidos. Entende-se por sistemas de saúde fortalecidos, ações concretas que garantam políticas de acesso universal e o direito constitucional à saúde!

 

Doenças consideradas até então erradicadas no Brasil, recentemente voltaram aos noticiários em manchetes de jornais, sites, blogs, rádios e tvs; o motivo deste retorno são os alertas emitidos pelas autoridades de saúde pública. As doenças como poliomielite, sarampo e tétano, passíveis de proteção por meio de vacinação, voltam a assombrar o país e ameaçam a vida de grande parte da população brasileira. A poliomilite por exemplo, considerada pela Organização Mundial de Saúde erradicada no Brasil desde 1994, após o isolamento do polivírus selvagem na rede de esgoto de São Paulo em 2014, despertou as autoridades, para a possibilidade de ameaça latente de reemergência.

Além da pólio; o sarampo, a rubéola e a varíola também foram erradicadas graças a políticas e programas de saúde executados pelos governos ao longo de anos. A  vacinação é uma das medidas mais importantes de prevenção destas doenças. Considerando o velho ditado que "prevenir é melhor que remediar" e ao refletir sobre as atuais medidas econômicas adotadas pelo governo do Brasil, percebe-se uma involução, retrocesso, atraso e contigenciamento de políticas garantidoras de direitos sociais e fundamentais, como por exemplo, as medidas de prevenção e promoção de saúde, que tem como estratégia a implementação de ações do Programa Nacional de Imunização -PNI, que refletem diretamente nos determinantes sociais de saúde.

Diversos são os fatores determinantes e condicionantes de saúde de uma população, mas, as políticas embasadoras e sustentadoras de um estado garantidor de direitos, encontram-se ameaçadas, tanto por uma economia estagnada que corroi avanços e altera a estrutura de gastos governamentais, quanto pelo eco de salvadores da pátria que propõem uma "ponte para o futuro"; tal termo; nos remete ao filme americano "De Volta Para o Futuro", lançado em 1985, onde o ator dentro de um carro adaptado viaja no tempo. Considerando a "ponte para o futuro" do país, a diferença é que o carro além de velho, está sem revisão, seu combustível é do "Tio San" e a ponte embora esteja bem "acordada" levará a um futuro de calamidades.

O estado apropria-se do capital produzido pela força de trabalho do cidadão, durante mais de 5 meses e devolve mal e porcamente, políticas cada dia mais insignificantes e desestatizantes, como disse, uma ponte para a calamidade. A crise orçamentária brasileira, resultante da politica pró mercado, restringe direitos constitucionais, que se traduzem na adoção de políticas de congelamento de gastos , como a PEC n°. 55 (antiga 241)/2016 do “teto dos gastos públicos” aprovada pelo congresso por 20 anos e a mais recente medida privatizante que joga para o mercado o saneamento básico, medida esta, questionada até pela Organização das Nações Unidas - ONU.

Entende-se que estas medidas e tantas outras irresponsáveis e insanas, são a "Ponte para o futuro da calamidade", traduzida no estrangulamento das políticas de saúde, que na prática destroem o Sistema Único de Saúde - SUS. A reemergência das doenças transmissíveis até então erradicadas como a poliomielite, o sarampo e diversas outras até então controladas, como malária, chagas, febre amarela, esquistossomose, cólera, leptospirose, hantaviroses, verminoses, tracoma e tantas outras, assim como as sexualmente transmissíveis estão logo ali, em um futuro não muito distante, pois a ponte para o futuro da calamidade já foi bem estruturada pela política brasileira.

O sinais estão para todo lado, o próprio governo, através do Ministério da Saúde, sinalizou a tendência de queda na cobertura vacinal, e ao contrário do que é afirmado pela grande mídia, o movimento antivacina, não é o causador desta queda; ainda assim; há quem acredite e querem fazer você acreditar.  

A vacinação é uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças, quanto maior o número de pessoas de uma comunidade vacinadas, além da proteção individual, a comunidade é protegida, diminuindo as chances de qualquer uma delas; vacinada ou não adoecer!

A imagem abaixo ilustra claramente o potencial de disseminação de uma doença, quando alguem na comunidade se contamina (círculo em vermelho) e aqueles que estão expostos a se contaminar, (círculo amarelo) população sem vacina e também a comunidade que está vacinada (sem círculo).

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJX5JZGjoX5spxN5SM2KiID26OdjCxdmghF1Wgfg70_4uIOgbQPxeEso4xUkzYahpfYOqMYrkGaZigSXEV54jzt5emhtwZM6L3BVoUNDIYs-r7PxibMfern7XBiRqXJ7KQfcgoF_2sXCE/s1600/CALEND%252
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Resultados exitosos de proteção a população alcançados nos últimos 30 anos, demonstram a efetividade do programa, infelizmente, diante de tantos retrocessos, os alertas são um sinal de ameaças iminentes; consequência da diminuição da proteção coletiva. A "Ponte para o Futuro da Calaminade" não é apenas uma figura de linguagem, é uma realidade que está logo ali e colocará o Brasil sob a ótica de risco sanitário internacional. O ato de proteger-se, deve ser rotina nas salas de vacina espalhadas pelo país, como medida preventiva, como por exemplo a ação desenvolvida em https://fabianoenfermeiro.blogspot.com/2012/01/vacinacao-contra-febre-amarela-em-santa.html e não curativa, quando em face de uma epidemia os postos são invadidos em busca de proteção, como esta experiência recente https://fabianoenfermeiro.blogspot.com/2018/01/febre-amarela-o-que-ficou-e-o-que.html. Enfim o desaparecimento das doenças, imunopreviníveis são resultantes do sucesso dos programas de vacinação, garantidos apartir das políticas de acesso universal, uma agenda um tanto quanto honerosa para quem  deseja a qualquer custo alterar a estrutura dos gastos governamentais exigida há décadas pelo mercado. 

Referências:

1-https://portal.fiocruz.br/noticia/vacinas-ainda-sao-uma-das-armas-mais-eficazes-para-prevenir-doen cas
2- http://plataformapoliticasocial.com.br/nos-somos-um-pais-em-que-a-desigualdade-e-nossa-marca/
3-http://www.bio.fiocruz.br/index.php/perguntas-frequentes/69-perguntas-frequentes/perguntas-frequ entes-vacinas/221-quais-doencas-foram-erradicadas-pela-vacinacao
4-http://scienceblogs.com.br/eccemedicus/files/2018/02/60520W_Phipps_InsetAT1280.jpg
5-https://www.paho.org/bra.../index.php?option=com_content&view=article&id=4827:sim posio-para-erradicacao-da-poliomielite-no-ambito-da-13a-semana-de-vacinacao-nas-americas&I temid=820
6-http://plataformapoliticasocial.com.br/as-demandas-sociais-da-democracia-nao-cabem-no-orcament o-parte-iii/
7-http://plataformapoliticasocial.com.br/artigo-61-pec-n-55-instrumento-do-1-mais-rico-para-ampliar -desigualdades/
8-https://oglobo.globo.com/economia/privatizar-saneamento-nao-panaceia-diz-relator-daonu-19961601
9-https://veja.abril.com.br/saude/falha-em-vacinacao-ameaca-erradicacao-de-doencas-no-brasil/
10-https://nacoesunidas.org/privatizacao-do-saneamento-ja-se-mostrou-inadequada-em-muitos-paises -diz-relator-da-onu/
11- http://scienceblogs.com.br/eccemedicus/files/2018/02/60520W_Phipps_InsetAT1280.jpg

11 de jul. de 2018

Picada de Escorpião

Picada de Escorpião. Desabastecimento de Soro no País 

Quem está na porta das emergências seja de hospitais, unidades de pronto atendimento ou mesmo unidades de saúde; convive diariamente com a dor de pessoas que procuram o serviço de saúde após uma picada de escorpião. Nem mesmo os animais domésticos escapam do veneno mortal deste ser minúsculo, que vive na terra há mais de 400 milhões de anos.


O nome dado ao acidente causado pela picada de um escorpião é escorpionismo, um problema de Saúde Pública, que atualmente tem dois agravantes:
O primeiro está relacionado a alta incidência de acidentes nas diversas regiões do país, o segundo é a diminuição drástica de produção, anunciada pelo Ministério da Saúde, justificada a princípio pelo "processo de implantação de boas práticas de fabricação", em atendimento as exigências da ANVISA, conforme nota informativa 25, publicada em 19 de julho de 2016.

Se por um lado a queda vertiginosa na produção atende as exigências de adaptação da "ANVISA", de outro, o desabastecimento, gera economia para o cofres públicos e ameaça a vida de crianças e idosos pelo país.

O enfraquecimento da produção de insumos, além de significar retrocesso na acessibilidade ou dificuldade de acesso, obriga os serviços públicos a gerenciarem a escassez, pois acabam concentrando insumos, como é o caso da Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo, que publicou nota este ano, alertando  os  serviços de  saúde  e  de  vigilância  das Secretarias  de  Saúde, sobre  os  riscos  de  acidentes por  animais  peçonhentos e recomendando o uso racional do soro, além de alertar que a produção nacional tem sido parcial, ou seja, apenas parte do que um dia produziu.

A situação  epidemiológica  dos  acidentes  por  picada de escorpião tem aumentado e o uso racional do pouco soro que chega nas unidades hospitalares, por parte dos profissionais de saúde, pode não ser o suficiente para a garantia do tratamento. Sabe-se da importância da utilização do soro antiescorpiônico no Brasil, uma vez que o retardo em sua aplicação pode significar aumento do número de óbitos.

Trabalho de manejo ambiental realizado no município de Dionísio - MG

Ninguém está imune a picada de um escorpião, portanto a recomendação é que procure atendimento médico imediatamente, pois a demora para procurar o serviço é o diferencial para a recuperação de um quadro clínico com manifestações apenas locais, de um quadro de maior gravidade. Vale ressaltar que quanto maior o tempo entre a picada e o primeiro atendimento, quanto menor ou maior, for a idade da vítima e a gravidade do caso, maior a possibilidade de complicações e óbitos.
                                                   https://fabianoenfermeiro.blogspot.com/search?updated-max=2017-11-                                                         05T14:17:00-02:00&max-results=3&start=3&by-date=false
Captura e manejo de escorpiões
Como prevenir picadas de escorpião?
Medidas de controle e manejo populacional de escorpiões, estão descritas no manual de controle de escorpiões do Ministério da Saúde; baseiam-se na retirada/coleta dos escorpiões e   modificação das condições do ambiente a   fim de torná-lo desfavorável à   ocorrência, permanência e proliferação destes animais, como manter limpos quintais e jardins, não acumular folhas secas e lixo domiciliar; acondicionar lixo domiciliar em sacos plásticos ou outros recipientes apropriados e fechados,
e entregá-los para o serviço de coleta, não jogar lixo em terrenos baldios; reparar rodapés soltos e colocar telas nas janelas, telar as aberturas dos ralos, pias ou tanques, entre outros. Dentre as ações citadas, uma de grande relevância é a capacitação de profissionais, como esta: https://fabianoenfermeiro.blogspot.com/search?updated-max=2017-11-05T14:17:00-02:00&max-results=3&start=3&by-date=false

Referências:

https://g1.globo.com/mg/grande-minas/eobicho/noticia/veterinaria-faz-alerta-sobre-os-riscos-da-picada-de-escorpiao-nos-pets-e-orienta-dicas-aos-tutores.ghtml

https://www.acidadeon.com/campinas/cotidiano/regiao/NOT,0,0,1346292,crianca+de+tres+anos+morre+apos+picada+de+escorpiao.aspx

https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/moradores-de-condominio-em-sumare-sofrem-com-infestacao-de-escorpioes-menino-de-7-anos-morreu.ghtml

http://portal.tododia.uol.com.br/_conteudo/2018/07/cidades/161932-garoto-morre-picado-por-escorpiao.php

https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/por-demora-em-diagnostico-ou-falta-de-antidoto-escorpioes-passam-a-matar-mais-que-cobras-no-brasil.ghtml

https://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/menina-de-4-anos-e-socorrida-em-estado-grave-apos-ser-picada-por-escorpiao-no-quintal-de-casa.ghtml

http://www.jped.com.br/conteudo/08-84-06-509/port.asp

https://toxcen.es.gov.br/Media/toxcen/Arquivos/NOTA%20TEECNICA%20%20SOROS%20ANTIVENENO_2018.pdf

http://www.hc.ufu.br/sites/default/files/tmp//2017-02-13_1430_1.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_controle_escorpioes.pdf

5 de nov. de 2017

Leishmaniose

Leishmaniose  aumenta no Leste de Minas Gerais

A Leishmaniose Tegumentar (LT) é uma doença primária de animais que pode ser transmitida aos humanos (antropozoonoses); é uma doença reemergente, infecciosa, não contagiosa, com baixa letalidade, mas é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma das seis mais importantes doenças infecciosas, pelo seu alto coeficiente de detecção e capacidade de produzir deformidades.
 
Como se pega Leishmaniose Tegumentar?

Imagens google "leishmaniose tegumentar"
A transmissão é vetorial, pela picada de insetos denominados flebotomíneos, pertencentes ao gênero Lutzomyia, conhecidos popularmente, dependendo da localização geográfica, como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros.
As espécies de flebotomíneos (mosquito palha) são insetos dípteros, psychodídeos, de pequeno porte, corpo piloso, delgado e diferem-se dos demais dípteros por desenvolverem todo seu estágio larvário em matéria orgânica contida no solo e não em água. 

Onde os insetos vivem?
Imagens google "leishmaniose tegumentar"

O fator determinante à manutenção destes insetos nos abrigos é a umidade, que está presente em anexos de animais domésticos (canil, galinheiro, chiqueiro, curral) e até paredes externas e internas de domicílio, troncos de árvores, tocas de tatu, folhas caídas no solo, grutas, fendas nas rochas. O desmatamento, esgotamento sanitário a céu aberto, lixões e outros poluentes são fatores que apresentam condições favoráveis para proliferação vetorial.

Desafios para o controle

Vale ressaltar que a vigilância entomológica visa identificar a dispersão espacial e temporal das populações de flebotomíneos, a vigilância entomológica é uma ação essencial para delimitar áreas vulneráveis ou propícias à transmissão da leishmaniose e para uma melhor compreensão da ecoepidemiologia do vetor. Os flebotomineos podem ser encontrados em regiões frias e quentes, altas e baixas, úmidas e secas, o que os caracterizam como espécies com enorme capacidade de adaptação e transforma o seu controle em um grande desafio para as secretarias de saúde.

Como se alimentam e reproduzem

As fêmeas e machos se alimentam de seiva de plantas, como por exemplo bananeiras, mas para maturação ovariana as fêmeas precisam de uma dieta sanguínea e assim prosseguir com a oviposição e manutenção do ciclo vital.


Quem são as vítimas dos mosquitos (vetores)?

Os hospedeiros naturais são roedores, mamíferos, edentados (tatu, tamanduá, preguiça), marsupiais (gambás) e primatas. Os animais domésticos, cão e gato, assim como o homem são considerados hospedeiros acidentais.

Mudanças no perfil ecoepidemiologico 

Os diversos impactos ambientais, causados seja por ações antrópicas, desmatamento, monoculturas e incêndios certamente tem contribuído fortemente para alterações ambientais, causando desequilíbrio ecológico, o que consequentemente resulta no surgimento de novo perfil epidemiológico da leishmaniose no Leste de Minas Gerais.

Casos de LT no Leste de Minas

Imagens google "leishmaniose tegumentar"
O número de casos de leishmaniose registrados nos municípios que compõe a região de saúde do vale do aço, aumentaram consideravelmente. Quando se compara o total de casos registrados no ano de 2016 com a média de casos do período de 2013 a 2015, o ano de 2016 apresenta 2,27 vezes mais casos que a média do período de 2013 a 2015 e quando levantado o número de casos registrados em 2017 constata-se que já ultrapassam o número de casos registrados em 2016. É válido também observar que embora no estado de Minas Gerais, o número de casos vem diminuindo, em nossa região o número de casos tem aumentado, contrariando o movimento percebido no estado como um todo.

Cenário Epidemiológico Regional

Caratinga, Inhapim, Piedade de Caratinga, Ubaporanga e Timóteo, são municípios que apresentam o maior número de casos registrados, até o momento, o que os coloca em uma condição crítica, classificada como de muito alto risco, esta condição coloca estes municípios em situação de alerta contínuo, pois significa que o risco de se adquirir leishmaniose nestes municípios é alto.
Deve-se reforçar que embora o município receba esta classificação, tem - se observado que existem municípios que tem apresentado surtos de Lt, em localidades específicas, o que significa que a dispersão vetorial não está na extensão geográfica do município como um todo.
Considerando a sazonalidade, os meses de maior ocorrência se concentram de outubro a março, justamente o período  chuvoso onde a umidade aumenta, o que propicia a reprodução vetorial, conforme afirmam pesquisadores.
O gráfico abaixo apresenta uma série histórica do total de casos ocorridos em um intervalo de 10 anos nos 35 municípios que compõe o território de saúde de circunscrição da Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano e uma linha de tendência ascendente, que demonstra a necessidade de intervenção, fortalecimento de ações de controle, medidas preventivas, para que os casos diminuam, caso contrário, a tendência é só aumentar.
Fonte: SINAN-AGO/2017


E agora, como prevenir, como proteger minha família?

As recomendações para se evitar os riscos de transmissão, possuem caráter de proteção individuail e/ou coletiva e estão descritas no manual de vigilância da leishmaniose tegumentar atualizado em 2017 pelo ministério da saúde.

Recomendação como usar repelentes quando exposto a ambientes onde os vetores habitualmente possam ser encontrados, evitar a exposição nos horários de atividades do vetor (crepúsculo e noite), uso de mosquiteiros de malha fina (tamanho da malha 1.2 a 1.5 e denier 40 a 100), bem como a telagem de portas e janelas, manejo ambiental por meio de limpeza de quintais e terrenos, a fim de alterar as condições do meio que propiciem o estabelecimento de criadouros para formas imaturas do vetor, poda de árvores, de modo a aumentar a insolação, a fim de diminuir o sombreamento do solo e evitar as condições favoráveis (temperatura e umidade) ao desenvolvimento de larvas de flebotomineos, destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir a aproximação de mamíferos comensais, como marsupiais e roedores, prováveis fontes de infecção para os flebotomineos, limpeza periódica dos abrigos de animais domésticos, manutenção de animais domésticos distantes do intradomicílio durante a noite, de modo a reduzir a atração dos flebotomineos para este ambiente, são ações preventivas que diminuem o risco de transmissão para a  população.

Rerências:

Bastos, Thiago Souza Azeredo. Espécies de flebotomíneos e ecoepidemiologia na cidade  de Goiás - GO, Brasil [manuscrito] / Thiago Souza Azeredo Bastos - 2014. Disponível em: Acesso em: 05 de novembro de 2017.

Monteiro, Joesio Barbosa e Santos, Marcos Vanier dos. Influência no comportamento de dispersão de flebotomíneos vetores da leishmaniose visceral no semiárido da divisa entre Bahia e Sergipe: uma abordagem holística. Disponível em: Acesso em: 05 de novembro de 2017.

Brasil. Ministério da Saúde. Manual de vigilância da leishmaniose tegumentar [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2017. 189 p. : il. Disponível em: Acesso em: 05 de novembro de 2017.

19 de fev. de 2012

Carnaval


ESTRATÉGIA DE SÁUDE DA FAMÍLIA DE SANTA LUZIA-CARATINGA-MG
PROMOVENDO A SAÚDE E DEFENDENDO A VIDA!


GRITO DE CARNAVAL AIDS TÔ FORA

Em sintonia com a Campanha do Ministério da Saúde para o Carnaval 2012, a Estratégia de Saúde da Família de Santa Luzia, também cai na folia de conscientização, lancando o Grito AIDS TÔ FORA.
Com o apoio do NASF, Núcleo de Apoio a Saúde da Família e parceria com a Escola Estadual Maria Fontes, no dia 16 de fevereiro Santa Luzia parou para a mobilização de combate a AIDS e doenças sexualmente transmissíveis.
O Grito "Santa Luzia preste atenção, combate a AIDS é com prevenção" ecoou por todas a ruas, através de uma passeata, com marchinhas de carnaval e muita informação, não faltaram colares havaianos e faixas alusivas a campanha para darem aquele colorido.
O nosso recado foi dado, o trabalho é apenas o pontapé inicial de um projeto que se estenderá por todo o ano letivo, nas Escolas estaduais, Maria Fontes e Maria Alves.
Na empolgação pode rolar de tudo. Só não rola sem camisinha.Tenha sempre a sua.


A VIDA É MAIS FORTE QUE A AIDS
USE CAMISINHA!

8 de jan. de 2012

Hepatite




Vacina para hepatite B 


Quem tem até 29 anos já pode tomar vacina contra hepatite B


LOC/REPÓRTER: A partir deste ano, quem tem até 29 anos vai poder se vacinar contra a hepatite B. A faixa etária para vacinação, que até o ano passado era de 24 anos, foi ampliada pelo Ministério da Saúde. A medida passa a valer a partir deste mês. A hepatite B é uma infecção do fígado que nem sempre apresenta sintomas, mas que pode evoluir e se tornar uma doença crônica. A transmissão pode ocorrer pela relação sexual desprotegida e pelo compartilhamento de objetos contaminados como: lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, alicates de unha, instrumentos para uso de drogas, cirúrgicos e odontológicos. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressalta a importância da vacina para a redução do número de casos da doença.


TEC/SONORA: ministro da Saúde – Alexandre Padilha

"As hepatites virais, que são chamadas hepatites crônicas de transmissão ou por endovenosa, por secreções, por doenças sexualmente transmissíveis; essas eu diria que são os grandes desafios para nós. Porque tem algumas como hepatite B que já temos vacinas. Então ampliarmos a vacinações têm permitido a redução do número de casos e a proteção. A proteção dos profissionais de saúde, proteção das gestantes, proteção dos jovens. Agora vamos ampliar a vacinação até aos 29 anos".



LOC/REPÓRTER: Só no ano passado, o Ministério da Saúde ampliou em 163 por cento a quantidade de vacinas compradas para a hepatite B. No total, foram investidos mais de 83 milhões de reais. O Sistema Único de Saúde oferece ainda a dose para pessoas de qualquer idade que correm mais risco de contrair a doença como profissionais de saúde, manicures, gestantes, bombeiros e policiais civis.



Reportagem, Alexandre Penido


Fonte: http://www.webradio.saude.gov.br/noticia.php?codigo_noticia=PDMS120018


28 de nov. de 2009

Doença do beijo


É uma síndrome infecciosa que acomete principalmente indivíduos entre 15 e 25 anos de idade. Essa infeccção pode ser assintomática ou apresentar-se com febre alta, odinofagia(deglutição dolorosa de alimentos), tosse, artralgias(dor nas articulações), adenopatia cervical(aumento de gânglios na região do pescoço) posterior simétrica, que pode se generalizar, esplenomegalia (aumento do baço), hepatomegalia discreta( aumento do fígado), raramente com icterícia (cor amarelada da pele), erupção cutânea (pequenas lesões na pele acompanhadas por vermelhidão), comprometimento do orofaringe(garganta e regiões) sob a forma de faringe-amigdalite exsudativa ( presença de secreção e placas na garganta).




O paciente pode restabelecer-se em poucas semanas, porém uma pequena proporção de doentes necessita de meses para recuperar seus níveis de energia anteriores à enfermidade. Há controvérsias sobre a cronicidade(mantém por muito tempo ou evolui lentamente) da infecção. Recentemente, tem estado associada neoplasias (comportamento do microrganismo agressor para causar a doença).

Agente etiológico (causador da doença), é o vírus Epstein-Barr (VEB), da família Herpesviridae. Reservatório( onde o agente se multiplica) é o homem. Modo de transmissão
inter-humano (entre humanos) se dá pelo contato íntimo de secreções orais através do beijo; é rara a transmissão através de transfusão sanguínea ou contato sexual. Período de incubação (intervalo de tempo entre o primeiro contato e o início dos sinais clínicos e sintomas da doença). De 30 a 45 dias. O período de transmissibilidade pode durar um ano ou mais; o diagnóstico é realizado através de exame de sangue associado aos sinais clínicos. 

É uma doença cosmopolita, presente nas cidades. Portanto muito cuidado antes de sair beijando desconhecidos.