Reflexões para estimular e despertar a emancipação do sujeito; contribuindo para construção do conhecimento crítico e científico na temática de saúde, educação e direitos humanos

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4 de nov. de 2018

Esquistossomose

Esquistossomose no Distrito Federal

Hoje iremos falar de uma das doenças infecciosas e parasitárias que acomete pessoas e pode evoluir sem nenhum sintoma, silenciosamente, ou até mesmo, apresentar-se de forma extremamente grave. Para refletirmos sobre a problemática que nos rodeia, é necessário a caraterização do cenário de possível transmissão.
 

Recursos hídricos 


O Distrito Federal localiza-se em uma região de terras altas, no centro do país, que servem
como dispersores das drenagens que fluem para três importantes bacias fluviais do Brasil: Prata,  Amazônica -Tocantins e São Francisco. As principais bacias do Distrito Federal – Rio Preto, Rio São Bartolomeu, Rio Descoberto e Rio Maranhão; drenam 95% das águas do território da região; sendo que o restante cabe as bacias do Rio Corumbá e Rio São Marcos.
O conhecimento ainda incipiente das condições reais das bacias, prejudicam o planejamento, o desenvolvimento de ações de fiscalização, preservação e recuperação de corpos hídricos do DF. Sabe-se que os corpos hídricos sofrem agressões pela proximidade de setores habitacionais, comerciais e áreas destinadas à agricultura, dentre as quais destaco o esgoto industrial e doméstico.

Saneamento básico


Segundo dados de acesso a rede de esgoto, divulgados pela Agência Nacional das Águas-ANA, o Distrito Federal é a única unidade da Federação que trata todo o esgoto que é coletado, ou seja, tudo o que se capta, passa por uma processo de purificação, devolvendo a água para o ambiente menos poluída, o que não é captado representa um percentual de exclusão de 17% da população, esta constatação leva a supor, que milhares de pessoas são obrigadas a conviver com fossas sépticas ou com esgoto a céu aberto. Para a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal- CAESB a carga orgânica que o DF deixa de coletar corresponde a 4,5mil toneladas de esgoto a céu aberto ou em fossas não declaradas por ano.

Doenças Relacionadas ao Saneamento  Ambiental Inadequado – DRSAI


Sabe-se que o destino inadequado de dejetos humanos causa diversos tipos de doenças, sendo o seu controle afetado diretamente pelo Saneamento Ambiental Inadequado, dentre as quais: ancilostomíase, ascaridíase, amebíase, coléra, diarreia infecciosa, disenteria bacilar, estrongiloidíase, febre tifoide, febre paratifoide, salmonelose, cisticercose, teníase e  esquistossomose.
Dentre as doenças supracitadas, destaco a esquistossomose, doença endêmica, que nas Américas afeta principalmente o Brasíl, atinge 19 unidades federativas, principalmente do nordeste, embora tenha alta prevalência em Minas Gerais.

Manutenção de transmissão da doença


https://brainly.com.br/tarefa/16240523

Os dejetos humanos lançados diretamente nos corpos hídricos, constituem-se de elementos ou microorganismos nocivos à saúde humana, por exemplo, se uma residência que lança esgoto diretamente num córrego, rio ou a céu aberto, tiver uma pessoa infectada pela “xistose”, esta contaminação pode resultar no ambiente perfeito para instalação de um foco de transmissão da doença, pois esta pessoa estará eliminando no ambiente ovos deste parasito; o que pode resultar  no  aumento  da  incidência  de  esquistossomose e ou outras doenças  e  reduzir a expectativa e qualidade  de vida.
Considerando que os locais com baixa cobertura de saneamento são ocupados por pessoas de baixo nível socioeconômico, em maior concentração, supõem-se que estas localidades contribuem favoravelmente para possível estabelecimento de foco isolado de transmissão, tendo em vista possíveis condições precárias de higiene e habitação, potencializada pelos movimentos migratórios, de caráter transitório ou permanente, de pessoas oriundas de áreas endêmicas de esquistossomose.

Supõe-se que estas localidades contribuem favoravelmente para possível estabelecimento de foco isolado de transmissão!

Caramujos de importância para a Saúde Pública


Estudos da fauna malacológica do Distrito Federal, realizada em 1978, identificaram a presença das espécies de importância epidemiológica para a manutenção do ciclo de transmissão da esquistossomose, ou seja, as coleções hídricas de água doce do Distrito Federal, são habitat do caramujo vetor, muito embora, não tenha identificado estudos recentes que corroborem com estes achados. Os “caramujos” podem ser encontrados em diferentes coleções hídricas, tais como: açudes, alagados, brejos, córregos, lagoas, lagos, valas de esgotos ou drenagem, riachos, rios e áreas de irrigação.
Two Asian Freshwater Snails Newly Introduced into South Africa and an Analysis of Alien Species Reported to Date - Scientific Figure on ResearchGate. Available from: https://www.researchgate.net/Shell-of-Biomphalaria-glabrata-collected-in-Durban-in-the-1980s-photos-C-Appleton_fig5_271198932 [accessed 4 Nov, 2018]
O verme causador da esquistossomose é um parasita que necessita, da participação de caramujos de água doce, do gênero Biomphalaria, para completar seu ciclo vital, ao parasitar o homem, irá viver nos vasos sanguíneos do intestino e fígado, eliminando ovos no ambiente. As pessoas parasitadas podem continuar eliminando ovos viáveis do S. mansoni em média por cinco, podendo chegar até mais de vinte anos.

Doença incapacitante


"Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), as consequências da esquistossomose para a saúde humana vão além dos danos físicos causados ao indivíduo, pois, o impacto da patologia reflete diretamente em sua qualidade de vida, sendo possível mensurar estes danos através dos  anos de vida perdidos, ajustados por incapacidades, parâmetro mais conhecido como DALYs (Disability-adjusted life years)".


O papel da Atenção Básica na prevenção e controle da doença


Destaca-se a importância das ações da Atenção Básica a Saúde, por meio da Estratégia Saúde da Família, para suspeição, notificação, investigação, conjuntamente com a Vigilância em Saúde, tratamento dos casos e acompanhamento do paciente após a alta, para controle de cura ou detecção de complicações advindas da doença. A facilidade de acesso da população aos profissionais que integram a equipe de saúde e a construção de vínculos, permitem uma interação que vai além da dicotomia médico paciente, é uma relação de afeto, de confiança, onde o cuidado vai além da visão meramente curativa, o olhar voltado para o território  e para a dinâmica da determinação social da doença, torna-se fator preponderante e condicionante, para identificar uma doença silenciosa, que por anos a fio, vai definhando seu hospedeiro e se perpetuando, contaminando e se multiplicando latentemente no meio ambiente.

 REFERÊNCIAS

1.   ANUÁRIO DO DF.Geografia - Cerrado: belezas que geram riquezas.  Disponível em: <http://www.anuariododf.c om.br/radiografia-do-df/geografia/>. Acesso em: 01/11/2018.                             

2.      BRASIL. Ministério da Saúde. Vigilância e controle de moluscos de importância epidemiológica. Diretrizes técnicas: Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose (PCE) / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica.– 2. ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008.178 p.: il. color. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em: . Acesso em 03/11/2018.

3.  COIMBRA JR., C E A. Suscetibilidade à infecção pelo Schistosoma mansoni, de Biomphalaria glabrata e Biomphalaria tenagophila do Distrito Federal, Brasil. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 15, n. 5, p. 485-489, out. 1981. Disponível em: . Acesso em: 02/11/2018.

4.    GOMES, E C S. Esquistossomose: manejo clínico e epidemiológico na atenção básica / Elainne C. S. Gomes, Ana Lúcia C. Domingues, Constança S. Barbosa. - Recife: Fiocruz Pernambuco, 2017.  144 p.

5.  IBRAM. Recursos Hídricos. Disponível em: < http://www.ibram.df.gov.br/recursos-hidricos/>. Acesso em: 01/11/2018.

6.    KATZ N. Inquérito Nacional de Prevalência da Esquistossomose mansoni e Geo-helmintoses/Naftale Katz. – Belo Horizonte: CPqRR, 2018.

7. NETO M D A. Breves notas sobre rios e redes hidrográficas do Distrito Federal. Disponível em:<http://www.ihgdf.com.br/breves-notas-sobre-rios-e-redes-hidrograficas-do-distrito-fede ral/>. Acesso em: 01/11/2018.        
                                                     
8.    SITE G1. Distrito Federal trata todo o esgoto coletado, mas deixa 17% da população a margem do sistema, diz estudo. Disponível em: . G1 DF 28/09/2017 08h40. Acesso em 01/011/2018.

9.     SITE G1. Negligenciada, esquistossomose tem transmissão descontrolada no MA. . Acesso em 02/11/2018.


11 de jul. de 2018

Picada de Escorpião

Picada de Escorpião. Desabastecimento de Soro no País 

Quem está na porta das emergências seja de hospitais, unidades de pronto atendimento ou mesmo unidades de saúde; convive diariamente com a dor de pessoas que procuram o serviço de saúde após uma picada de escorpião. Nem mesmo os animais domésticos escapam do veneno mortal deste ser minúsculo, que vive na terra há mais de 400 milhões de anos.


O nome dado ao acidente causado pela picada de um escorpião é escorpionismo, um problema de Saúde Pública, que atualmente tem dois agravantes:
O primeiro está relacionado a alta incidência de acidentes nas diversas regiões do país, o segundo é a diminuição drástica de produção, anunciada pelo Ministério da Saúde, justificada a princípio pelo "processo de implantação de boas práticas de fabricação", em atendimento as exigências da ANVISA, conforme nota informativa 25, publicada em 19 de julho de 2016.

Se por um lado a queda vertiginosa na produção atende as exigências de adaptação da "ANVISA", de outro, o desabastecimento, gera economia para o cofres públicos e ameaça a vida de crianças e idosos pelo país.

O enfraquecimento da produção de insumos, além de significar retrocesso na acessibilidade ou dificuldade de acesso, obriga os serviços públicos a gerenciarem a escassez, pois acabam concentrando insumos, como é o caso da Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo, que publicou nota este ano, alertando  os  serviços de  saúde  e  de  vigilância  das Secretarias  de  Saúde, sobre  os  riscos  de  acidentes por  animais  peçonhentos e recomendando o uso racional do soro, além de alertar que a produção nacional tem sido parcial, ou seja, apenas parte do que um dia produziu.

A situação  epidemiológica  dos  acidentes  por  picada de escorpião tem aumentado e o uso racional do pouco soro que chega nas unidades hospitalares, por parte dos profissionais de saúde, pode não ser o suficiente para a garantia do tratamento. Sabe-se da importância da utilização do soro antiescorpiônico no Brasil, uma vez que o retardo em sua aplicação pode significar aumento do número de óbitos.

Trabalho de manejo ambiental realizado no município de Dionísio - MG

Ninguém está imune a picada de um escorpião, portanto a recomendação é que procure atendimento médico imediatamente, pois a demora para procurar o serviço é o diferencial para a recuperação de um quadro clínico com manifestações apenas locais, de um quadro de maior gravidade. Vale ressaltar que quanto maior o tempo entre a picada e o primeiro atendimento, quanto menor ou maior, for a idade da vítima e a gravidade do caso, maior a possibilidade de complicações e óbitos.
                                                   https://fabianoenfermeiro.blogspot.com/search?updated-max=2017-11-                                                         05T14:17:00-02:00&max-results=3&start=3&by-date=false
Captura e manejo de escorpiões
Como prevenir picadas de escorpião?
Medidas de controle e manejo populacional de escorpiões, estão descritas no manual de controle de escorpiões do Ministério da Saúde; baseiam-se na retirada/coleta dos escorpiões e   modificação das condições do ambiente a   fim de torná-lo desfavorável à   ocorrência, permanência e proliferação destes animais, como manter limpos quintais e jardins, não acumular folhas secas e lixo domiciliar; acondicionar lixo domiciliar em sacos plásticos ou outros recipientes apropriados e fechados,
e entregá-los para o serviço de coleta, não jogar lixo em terrenos baldios; reparar rodapés soltos e colocar telas nas janelas, telar as aberturas dos ralos, pias ou tanques, entre outros. Dentre as ações citadas, uma de grande relevância é a capacitação de profissionais, como esta: https://fabianoenfermeiro.blogspot.com/search?updated-max=2017-11-05T14:17:00-02:00&max-results=3&start=3&by-date=false

Referências:

https://g1.globo.com/mg/grande-minas/eobicho/noticia/veterinaria-faz-alerta-sobre-os-riscos-da-picada-de-escorpiao-nos-pets-e-orienta-dicas-aos-tutores.ghtml

https://www.acidadeon.com/campinas/cotidiano/regiao/NOT,0,0,1346292,crianca+de+tres+anos+morre+apos+picada+de+escorpiao.aspx

https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/moradores-de-condominio-em-sumare-sofrem-com-infestacao-de-escorpioes-menino-de-7-anos-morreu.ghtml

http://portal.tododia.uol.com.br/_conteudo/2018/07/cidades/161932-garoto-morre-picado-por-escorpiao.php

https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/por-demora-em-diagnostico-ou-falta-de-antidoto-escorpioes-passam-a-matar-mais-que-cobras-no-brasil.ghtml

https://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/menina-de-4-anos-e-socorrida-em-estado-grave-apos-ser-picada-por-escorpiao-no-quintal-de-casa.ghtml

http://www.jped.com.br/conteudo/08-84-06-509/port.asp

https://toxcen.es.gov.br/Media/toxcen/Arquivos/NOTA%20TEECNICA%20%20SOROS%20ANTIVENENO_2018.pdf

http://www.hc.ufu.br/sites/default/files/tmp//2017-02-13_1430_1.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_controle_escorpioes.pdf

19 de fev. de 2012

Carnaval


ESTRATÉGIA DE SÁUDE DA FAMÍLIA DE SANTA LUZIA-CARATINGA-MG
PROMOVENDO A SAÚDE E DEFENDENDO A VIDA!


GRITO DE CARNAVAL AIDS TÔ FORA

Em sintonia com a Campanha do Ministério da Saúde para o Carnaval 2012, a Estratégia de Saúde da Família de Santa Luzia, também cai na folia de conscientização, lancando o Grito AIDS TÔ FORA.
Com o apoio do NASF, Núcleo de Apoio a Saúde da Família e parceria com a Escola Estadual Maria Fontes, no dia 16 de fevereiro Santa Luzia parou para a mobilização de combate a AIDS e doenças sexualmente transmissíveis.
O Grito "Santa Luzia preste atenção, combate a AIDS é com prevenção" ecoou por todas a ruas, através de uma passeata, com marchinhas de carnaval e muita informação, não faltaram colares havaianos e faixas alusivas a campanha para darem aquele colorido.
O nosso recado foi dado, o trabalho é apenas o pontapé inicial de um projeto que se estenderá por todo o ano letivo, nas Escolas estaduais, Maria Fontes e Maria Alves.
Na empolgação pode rolar de tudo. Só não rola sem camisinha.Tenha sempre a sua.


A VIDA É MAIS FORTE QUE A AIDS
USE CAMISINHA!

8 de jan. de 2012

Hepatite




Vacina para hepatite B 


Quem tem até 29 anos já pode tomar vacina contra hepatite B


LOC/REPÓRTER: A partir deste ano, quem tem até 29 anos vai poder se vacinar contra a hepatite B. A faixa etária para vacinação, que até o ano passado era de 24 anos, foi ampliada pelo Ministério da Saúde. A medida passa a valer a partir deste mês. A hepatite B é uma infecção do fígado que nem sempre apresenta sintomas, mas que pode evoluir e se tornar uma doença crônica. A transmissão pode ocorrer pela relação sexual desprotegida e pelo compartilhamento de objetos contaminados como: lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, alicates de unha, instrumentos para uso de drogas, cirúrgicos e odontológicos. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressalta a importância da vacina para a redução do número de casos da doença.


TEC/SONORA: ministro da Saúde – Alexandre Padilha

"As hepatites virais, que são chamadas hepatites crônicas de transmissão ou por endovenosa, por secreções, por doenças sexualmente transmissíveis; essas eu diria que são os grandes desafios para nós. Porque tem algumas como hepatite B que já temos vacinas. Então ampliarmos a vacinações têm permitido a redução do número de casos e a proteção. A proteção dos profissionais de saúde, proteção das gestantes, proteção dos jovens. Agora vamos ampliar a vacinação até aos 29 anos".



LOC/REPÓRTER: Só no ano passado, o Ministério da Saúde ampliou em 163 por cento a quantidade de vacinas compradas para a hepatite B. No total, foram investidos mais de 83 milhões de reais. O Sistema Único de Saúde oferece ainda a dose para pessoas de qualquer idade que correm mais risco de contrair a doença como profissionais de saúde, manicures, gestantes, bombeiros e policiais civis.



Reportagem, Alexandre Penido


Fonte: http://www.webradio.saude.gov.br/noticia.php?codigo_noticia=PDMS120018