Reflexões para estimular e despertar a emancipação do sujeito; contribuindo para construção do conhecimento crítico e científico na temática de saúde, educação e direitos humanos

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4 de abr. de 2021

Enfermagem

 Profissionalização da enfermagem: percepções da prática docente


Ao final do curso de Licenciatura em Educação Profissional e Tecnológica, ofertado pelo Instituto Federal de Brasília, no Campus Samambaia, foi desenvolvido apartir do relato de experiência da disciplina de estágio supervisionado. 


Destaca o desafio da profissionalização docente, de bacharéis em enfermagem, para cursos técnicos em enfermagem, como instrumento de fortalecimento do Sistema Único de Saúde, parte do questionamento sobre quais oportunidades e desafios que a formação docente, ofertada na Licenciatura em Educação Profissional e Tecnológica do Instituto Federal de Brasília, Campus Samambaia, possibilita à bacharéis em enfermagem, que atuam na docência em cursos técnicos, como possibilidade de fortalecimento do Sistema Único de Saúde. 



Para fundamentar os argumentos sobre a perspectiva de formação humana crítica e emancipadora, faz um resgate da história, criação e estruturação da enfermagem brasileira, destaca a necessidade da formação pedagógica docente de enfermeiros e enfermeiras e estabelece uma tríade de conhecimentos didático pedagógico, técnico científico e sanitário, considerada como ferramenta para romper a lógica de formação fragmentada.

22 de set. de 2019

Didática

Retrospectiva histórica da didática 

     A autora inicia o livro refletindo sobre o período considerado os primórdios da didática que vai de 1549 a 1930, há uma participação predominante dos jesuítas, na educação brasileira, que perdurou por 210 anos, compreendendo o período de 1549 a 1759. Período marcado por uma ação pedagógica dogmática e contra o pensamento crítico.  O papel da didática centrava-se no aspecto formal e tinha como base o intelecto; o conhecimento marcado pela visão essencialista de homem.
     Se a prática Jesuíta já era retrógrada, a reforma Pombalina instituída após a expulsão dos Jesuítas, resultou em retrocesso pedagógico que resultou em movimentos a partir de 1870 que irão buscar a disseminação de uma visão burguesa de sociedade e de mundo apartir da escola.

https://www.youtube.com/watch?v=MQsQalo7m-Q
    Observa que o período de 1930 a 1945 foi marcado pelo equilíbrio entre a corrente educacional tradicional e a moderna. A didática passou a se basear em um conjunto de ideias e métodos que valorizavam o aspecto técnico e cientifico ao mesmo tempo que ignorava o contexto sociopolítico.
     A partir do golpe dos militares, que implantou a ditadura no Brasil, no ano de 1964, afirma que a didática assume um papel tecnicista, que acentua a desvinculação de teoria e prática.
     O processo de ensino e aprendizagem é direcionado para o alcance de metas. Surge apartir de 1979 a concepção dialética ou crítica em que a didática tem o papel de clarificar o contexto sociopolítico da educação e ensino, como espaço de negação hegemônica. A década de 90 retrocede para a execução acrítica de tarefas, já no século XXI a didática é concebida como prática social de ensino e aprendizagem.
        Neste contexto o planejamento pedagógico é concebido como organização da ação pedagógica intencional de diferentes pontos de vista, de curiosidade científica, de investigação atenta da realidade, não aceitando os conteúdos curriculares como conhecimentos perfeitos e acabados; essencial ao processo de ensino e aprendizagem para ampliar os conhecimentos, propiciar oportunidades e buscar novos conhecimentos.
      Reflete que o planejamento participativo em que a escola busca a integração com a realidade histórico social; surge como alternativa ao ato de planejar o ensino primado pelo relacionamento entre teoria e prática; baseia-se na ação de planejar com a participação ativa de todos os elementos envolvidos no processo, priorizando a busca da unidade entre teoria e prática a partir da realidade do aluno, escola e contexto social, além de voltar-se para o alcance amplo da educação.
     Como professor, vejo o processo de planejamento como um desafio, para contrapor o modelo já padronizado institucionalmente, que baseia o processo de ensino e aprendizagem na lógica mercadológica e tecnicista, que transcenda o mecanicismo e considere as relações da escola com o território e a comunidade.
     A proximidade efetiva é fator que contribui para melhorar a percepção de bom professor. Além disso, a maneira como o professor se relaciona com sua área de conhecimento, bem como sua percepção de ciência e produção de conhecimento.
     A metodologia também é fator associado a evolução da relação professor- aluno. Quando o professor acredita nas potencialidades do aluno, que se preocupa com sua aprendizagem, com seu nível satisfação, exerce práticas em sala de acordo com esta posição. Neste sentido o bom professor é aquele que domina o conteúdo, apresenta formas adequadas de mostrar a matéria é ter bom relacionamento com o grupo.
     O professor não é uma construção do seu ambiente escolar, mas sim uma construção histórica de sua vida nos aspectos de relações sociais familiares; crenças, valores, preferências etc, sua prática e saber é resultante da apropriação que ele mesmo fez da prática e dos saberes históricos sociais. Enfim a postura pedagógica do professor reflete o seu papel social fruto de sua identidade que também é produto da relação indivíduo sociedade.
     Portanto ser professor e ser aluno extrapola a relação de ensinar e aprender os conteúdos de ensino, deve-se ter consciência de um processo de protagonismo discente e o professor é um ator que não pode ser “engolido pela escola”. Sempre desejei, desde a graduação, me apropriar de ferramentas educacionais, porém a licenciatura sempre foi algo distante para mim.
     O contato com esta disciplina está retirando literalmente dos meus olhos diversas vendas, que ainda insistem em estar por aqui e me distanciam da verdade, do conhecimento crítico. Gostei muito da proposta de metodologias ativas, de refletir e conhecer um pouco mais sobre o meio ou a maneira de como construir o processo de aprendizagem. Neste processo considero que estou em construção, um exercício de tolerância em um ambiente que ao mesmo tempo que deseja conhecimento e promove o conhecimento, ecoa intolerância, desrespeito e tradicionalismo.
     Confesso que este ambiente, o da sala, também é um grande aprendizado, até aqui, não me ocorreu desistir como outros colegas, até porque  sei o que desejo e quantos sonhos ainda tenho por realizar mais a disciplina, mas infelizmente fatores externos e diria até mesmo físicos e mentais, resultantes da jornada de trabalho compromete, muitas vezes, um envolvimento mais intenso, embora o desejo e a vontade  de aprender estejam  sempre ativos.

Referência:
VEIGA. I P A. Repensando a didática. Campinas 25ª Edição. Papirus


9 de set. de 2019

Didática

Didática, empoderamento, emancipação e subjetividades

Retrospectiva histórica crítica da didática, aprendendo a aprender!


A autora inicia o livro refletindo sobre o período considerado os primórdios da didática que vai de 1549 a 1930, há uma participação predominante dos jesuítas, na educação brasileira, que perdurou por 210 anos, compreendendo o período de 1549 a 1759. Período marcado por uma ação pedagógica dogmática e contra o pensamento crítico.  O papel da didática centrava-se no aspecto formal e tinha como base o intelecto; o conhecimento marcado pela visão essencialista de homem.

https://projetopaideia.files.wordpress.com/2016/10/didc3a1tica.gif
Se a prática Jesuíta já era retrógrada, a reforma Pombalina instituída após a expulsão dos Jesuítas, resultou em retrocesso pedagógico que resultou em movimentos a partir de 1870 que irão buscar a disseminação de uma visão burguesa de sociedade e de mundo a partir da escola.

Observa que o período de 1930 a 1945 foi marcado pelo equilíbrio entre a corrente educacional tradicional e a moderna. A didática passou a se basear em um conjunto de ideias e métodos que valorizavam o aspecto técnico e cientifico ao mesmo tempo que ignorava o contexto sociopolítico.

A partir do golpe dos militares, que implantou a ditadura no Brasil, no ano de 1964, afirma que a didática assume um papel tecnicista, que acentua a desvinculação de teoria e prática. O processo de ensino e aprendizagem é direcionado para o alcance de metas. Surge apartir de 1979 a concepção dialética ou crítica em que a didática tem o papel de clarificar o contexto sociopolítico da educação e ensino, como espaço de negação hegemônica. A década de 90 retrocede para a execução acrítica de tarefas, já no século XXI a didática é concebida como prática social de ensino e aprendizagem.

Neste contexto o planejamento pedagógico é concebido como organização da ação pedagógica intencional de diferentes pontos de vista, de curiosidade científica, de investigação atenta da realidade, não aceitando os conteúdos curriculares como conhecimentos perfeitos e acabados; essencial ao processo de ensino e aprendizagem para ampliar os conhecimentos, propiciar oportunidades e buscar novos conhecimentos.

Reflete que o planejamento participativo em que a escola busca a integração com a realidade histórico social; surge como alternativa ao ato de planejar o ensino primado pelo relacionamento entre teoria e prática; baseia-se na ação de planejar com a participação ativa de todos os elementos envolvidos no processo, priorizando a busca da unidade entre teoria e prática a partir da realidade do aluno, escola e contexto social, além de voltar-se para o alcance amplo da educação.

Como professor, vejo o processo de planejamento como um desafio, para contrapor o modelo já padronizado institucionalmente que baseia o processo de ensino e aprendizagem na lógica mercadológica e tecnicista, que transcenda o mecanicismo e considere as relações da escola com o território e a comunidade.

A proximidade efetiva é fator que contribui para melhorar a percepção de bom professor. Além disso, a maneira como o professor se relaciona com sua área de conhecimento, bem como sua percepção de ciência e produção de conhecimento.

A metodologia também é fator associado a evolução da relação professor-aluno. Quando o professor acredita nas potencialidades do aluno, que se preocupa com sua aprendizagem, com seu nível satisfação, exerce práticas em sala de acordo com esta posição. Neste sentido o bom professor é aquele que domina o conteúdo, apresenta formas adequadas de mostrar a matéria e tem bom relacionamento com o grupo.

O professor não é uma construção do seu ambiente escolar, mas sim uma construção histórica de sua vida nos aspectos de relações sociais familiares; crenças, valores, preferências etc, sua prática e saber é resultante da apropriação que ele mesmo fez da prática e dos saberes históricos sociais. Enfim a postura pedagógica do professor reflete o seu papel social fruto de sua identidade que também é produto da relação indivíduo sociedade.

Portanto ser professor e ser aluno extrapola a relação de ensinar e aprender os conteúdos de ensino, deve-se ter consciência de um processo de protagonismo discente e o professor é um ator que não pode ser “engolido pela escola”.
Sempre desejei, desde a graduação, me apropriar de ferramentas educacionais, porém a licenciatura sempre foi algo distante para mim.

O contato com esta disciplina está retirando literalmente dos meus olhos diversas vendas, que ainda insistem em estar por aqui e me distanciam da verdade, do conhecimento crítico.
Gostei muito da proposta de metodologias ativas, de refletir e conhecer um pouco mais sobre o meio ou a maneira de como construir o processo de aprendizagem. Neste processo considero que estou em construção, um exercício de tolerância em um ambiente que ao mesmo tempo que deseja conhecimento e promove o conhecimento, ecoa intolerância, desrespeito e tradicionalismo.

Confesso que este ambiente, o da sala também é um grande aprendizado, até aqui, não me ocorreu desistir como outros colegas, até porque  sei o que desejo e quantos sonhos ainda tenho por realizar mais a disciplina, mas infelizmente fatores externos e diria até mesmo físicos e mentais, resultantes da jornada de trabalho compromete, muitas vezes, um envolvimento mais intenso, embora o desejo e a vontade  de aprender estejam  sempre ativos.

VEIGA. I P A. Repensando a didática. Campinas 25ª Edição. Papirus