Reflexões para estimular e despertar a emancipação do sujeito; contribuindo para construção do conhecimento crítico e científico na temática de saúde, educação e direitos humanos

4 de jan. de 2018

Febre amarela

Febre amarela em Minas Gerais


Nas aulas de educação artística aprendi que o amarelo é uma cor primária, mas em janeiro de 2017, o que presenciamos no município de Caratinga-MG, foi muito mais que uma pigmentação, uma situação alarmante que beirava o desespero de quem não sabia o porque e nem como aquilo estava acontecendo; pessoas eram acometidas por uma coloração que destruía os órgãos internos (fígado principalmente) fazendo sangrar pela gengiva, nariz, ouvido, poros e aterrorizava pela forma agressiva de se manifestar. Para nós profissionais de saúde, estávamos lhe dando com um vírus mortal, que já havia exterminado grande quantidade de pessoas, no Brasil até 1942, considerado como o maior surto de Febre Amarela do século. Em Minas Gerais, o último caso humano autóctone (quando a doença é contraída dentro do estado) de febre amarela silvestre, ocorreu em 2009; de acordo com o último boletim epidemiológico, emitido em 05 de janeiro de 2018. 

No período de 2016/2017 foi registrado um dos eventos mais expressivos da história da Febre Amarela no Brasil. A dispersão do vírus alcançou a costa leste brasileira, na região do bioma Mata Atlântica, que abriga uma ampla diversidade de primatas não humanos e de potenciais vetores silvestres e onde o vírus não era registrado há décadas. Na região Leste do Estado de Minas Gerais, especificamente Caratinga e região a perda de vidas humanas e silvestre foi grande, em relação a primatas não humanos incontável.

Presenciar a reemergência de uma doença após 75 anos, com acometimento de um número grande de pessoas; além de ser um fato histórico, nos colocava diretamente com o sofrimento humano, a luta pela sobrevivência, o envolvimento emocional dos familiares, a persistência incessante de diversos profissionais tendo que lhe dar diretamente com situações extremas, articulando e planejando todos os tipos de assistência necessários. Experimentamos a construção de trabalhos ininterruptos que atravessavam a madrugada, convivendo com a pressão da mídia e mobilização social por informações, além do estresse, fadiga, conflitos de relacionamento interpessoal, distância de familiares, amigos e exposição a riscos imensuráveis.

Para a Saúde Pública uma mudança de paradigmas, novas reformulações, reelaboração de protocolos, alerta para a circulação de vírus por regiões até então sem registros recentes. Diversos eram os questionamentos, poderia ser um vírus mutante? Desastres ambientais de grande proporção em Minas Gerais contribuíram para esta reemergência?

Grandes e irreparáveis foram os danos, vidas humanas e silvestres foram perdidas, tendo como consequência o desequilíbrio para o ecossistema, além de danos econômicos, emocionais e da visibilidade internacional. Estima-se que milhares de macacos tenham morrido inclusive espécies podem ter se extinguido, antes mesmo de serem conhecidas e estudadas.
Epizootias em Primatas Não Humanos (macacos), confirmadas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, detectadas recentemente nas mesmas áreas afetadas no surto recente de 2016/2017, indicam a manutenção da transmissão local e do risco as populações humanas.

A maneira de prevenir, este mal amarelo, esteve sempre à disposição na unidade de saúde mais próxima, embora nem sempre dava-se importância para algo que não representava uma ameaça. O  que presenciamos nos dias seguintes a confirmação de casos de febre amarela foi aterrorizante: filas intermináveis, população dormindo em postos de saúde, todos queriam a vacina; alguns desavisados acreditavam que uma dose não bastava e faziam uma verdadeira via sacra pelos postos para tomarem outra, pensando que assim poderiam garantir “uma proteção maior”, não sabendo que o risco de desenvolver a doença pelo  excesso é tão grande quanto o risco de adquirir se não tomar

Fonte: Acervo autor
Depois de tudo será que hoje todo mundo guardou o cartão com a dose registrada que tomou? Na hora de comprovar que está vacinado você tem o cartão? Se não tem providencie, pois você pode precisar dele quando menos esperar e pode ter certeza você vai precisar!
Afinal, o amarelo que deve prevalecer é o impregnado pelos carotenoides, o que embeleza a natureza pelas flores e frutos ou o que todos nós conhecemos, seja no losango da nossa bandeira ou a camisa nº1 da Seleção Brasileira de Futebol.

Fonte: Acervo autor
 Veja o vídeo dos bastidores da investigação de epizootias de primatas não humanos na emergência da febre amarela em 2017.

20 de nov. de 2017

Febre Amarela


A Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, através da Subsecretaria de Vigilância e Proteção à Saúde emitiu alerta, para intensificação da Vigilância da Febre Amarela Silvestre.

Embora a febre amarela no Brasil seja endêmica, sobretudo na região amazônica; há registros de surtos de febre amarela além da região amazônica, quando o vírus encontra uma população não vacinada.

Deve-se enfatizar que epizootias de primatas não humanos (PNH) em períodos considerados de baixa ocorrência é um indicativo de que as condições para transmissão da febre amarela estão favoráveis, tal constatação, exige esforços adicionais para as ações de vigilância, prevenção e controle da doença.

A Subsecretaria de Vigilância e Proteção a Saúde – SUBVPS, da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais sugere intensificar a vacinação contra a Febre Amarela para melhorar a cobertura vacinal nos municípios até atingir pelo menos 95% da população vacinada, com priorização das populações de áreas rurais e silvestres, principalmente para aqueles indivíduos com maior risco de exposição (população de área rural, silvestre, pessoas que fazem turismo “ecológico” ou “rural”, agricultores, extrativistas e outros que adentram áreas de mata).  Os municípios devem aumentar a atenção para detectar casos de indivíduos que apresentem doenças febris agudas a esclarecer.

Recomenda acompanhar continuamente no território a ocorrência de morte de primatas (macacos), definida como epizootias em primatas não humanos (PNH). Os profissionais de saúde e todo cidadão deve ter conhecimento sobre a doença e a importância de comunicar ao serviço de saúde mais próximo à ocorrência de morte de macacos de qualquer espécie (epizootias em primatas não humanos). O município é responsável por investigar tanto os casos humanos suspeitos de febre amarela, quanto os casos suspeitos ou de rumor de morte de macacos em até 24 horas.

Tão importante quanto à investigação é a viabilidade de amostras biológicas para o diagnóstico laboratorial, conforme preconizado no Manual de Vigilância Epidemiológica de Febre Amarela e no Manual de Vigilância de Epizootias em Primatas Não Humanos, publicados pelo Ministério da Saúde, desta maneira garante-se amostras para o diagnóstico patológico suspeito.

Chama atenção para a necessidade de se realizar parcerias, para divulgação de informações, além dos setores da saúde, como atenção básica, núcleos de vigilância epidemiológica e hospitalar, os órgãos de turismo, meio ambiente, agricultura entre outros, devem se envolver tanto na condição de receptores quanto de divulgadores e multiplicadores da informação.

Vale ressaltar que entre os meses de junho e novembro; considerados como meses de baixa ocorrência de casos de febre amarela, a Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano registrou ocorrência de epizootias de primatas não humanos em diversos municípios, como Antônio Dias, Imbé de Minas, Coronel Fabriciano, Joanésia e Timóteo.
A ocorrência destes eventos evidencia a atividade do vírus no ambiente silvestre e a necessidade de implementar estratégias recomendadas para intensificação de ações de Vigilância da Febre Amarela no território, como vacinação, vigilância das epizootias e ações de educação e promoção de saúde.
O alerta da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais é um sobreaviso, que requer precaução e vigilância dos serviços municipais de saúde. Como resposta espera-se que os municípios iniciem imediatamente as ações recomendadas e preconizadas pelo Ministério da Saúde para Vigilância e controle da Febre Amarela, conforme alerta da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais.



5 de nov. de 2017

Leishmaniose

Leishmaniose  aumenta no Leste de Minas Gerais

A Leishmaniose Tegumentar (LT) é uma doença primária de animais que pode ser transmitida aos humanos (antropozoonoses); é uma doença reemergente, infecciosa, não contagiosa, com baixa letalidade, mas é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma das seis mais importantes doenças infecciosas, pelo seu alto coeficiente de detecção e capacidade de produzir deformidades.
 
Como se pega Leishmaniose Tegumentar?

Imagens google "leishmaniose tegumentar"
A transmissão é vetorial, pela picada de insetos denominados flebotomíneos, pertencentes ao gênero Lutzomyia, conhecidos popularmente, dependendo da localização geográfica, como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros.
As espécies de flebotomíneos (mosquito palha) são insetos dípteros, psychodídeos, de pequeno porte, corpo piloso, delgado e diferem-se dos demais dípteros por desenvolverem todo seu estágio larvário em matéria orgânica contida no solo e não em água. 

Onde os insetos vivem?
Imagens google "leishmaniose tegumentar"

O fator determinante à manutenção destes insetos nos abrigos é a umidade, que está presente em anexos de animais domésticos (canil, galinheiro, chiqueiro, curral) e até paredes externas e internas de domicílio, troncos de árvores, tocas de tatu, folhas caídas no solo, grutas, fendas nas rochas. O desmatamento, esgotamento sanitário a céu aberto, lixões e outros poluentes são fatores que apresentam condições favoráveis para proliferação vetorial.

Desafios para o controle

Vale ressaltar que a vigilância entomológica visa identificar a dispersão espacial e temporal das populações de flebotomíneos, a vigilância entomológica é uma ação essencial para delimitar áreas vulneráveis ou propícias à transmissão da leishmaniose e para uma melhor compreensão da ecoepidemiologia do vetor. Os flebotomineos podem ser encontrados em regiões frias e quentes, altas e baixas, úmidas e secas, o que os caracterizam como espécies com enorme capacidade de adaptação e transforma o seu controle em um grande desafio para as secretarias de saúde.

Como se alimentam e reproduzem

As fêmeas e machos se alimentam de seiva de plantas, como por exemplo bananeiras, mas para maturação ovariana as fêmeas precisam de uma dieta sanguínea e assim prosseguir com a oviposição e manutenção do ciclo vital.


Quem são as vítimas dos mosquitos (vetores)?

Os hospedeiros naturais são roedores, mamíferos, edentados (tatu, tamanduá, preguiça), marsupiais (gambás) e primatas. Os animais domésticos, cão e gato, assim como o homem são considerados hospedeiros acidentais.

Mudanças no perfil ecoepidemiologico 

Os diversos impactos ambientais, causados seja por ações antrópicas, desmatamento, monoculturas e incêndios certamente tem contribuído fortemente para alterações ambientais, causando desequilíbrio ecológico, o que consequentemente resulta no surgimento de novo perfil epidemiológico da leishmaniose no Leste de Minas Gerais.

Casos de LT no Leste de Minas

Imagens google "leishmaniose tegumentar"
O número de casos de leishmaniose registrados nos municípios que compõe a região de saúde do vale do aço, aumentaram consideravelmente. Quando se compara o total de casos registrados no ano de 2016 com a média de casos do período de 2013 a 2015, o ano de 2016 apresenta 2,27 vezes mais casos que a média do período de 2013 a 2015 e quando levantado o número de casos registrados em 2017 constata-se que já ultrapassam o número de casos registrados em 2016. É válido também observar que embora no estado de Minas Gerais, o número de casos vem diminuindo, em nossa região o número de casos tem aumentado, contrariando o movimento percebido no estado como um todo.

Cenário Epidemiológico Regional

Caratinga, Inhapim, Piedade de Caratinga, Ubaporanga e Timóteo, são municípios que apresentam o maior número de casos registrados, até o momento, o que os coloca em uma condição crítica, classificada como de muito alto risco, esta condição coloca estes municípios em situação de alerta contínuo, pois significa que o risco de se adquirir leishmaniose nestes municípios é alto.
Deve-se reforçar que embora o município receba esta classificação, tem - se observado que existem municípios que tem apresentado surtos de Lt, em localidades específicas, o que significa que a dispersão vetorial não está na extensão geográfica do município como um todo.
Considerando a sazonalidade, os meses de maior ocorrência se concentram de outubro a março, justamente o período  chuvoso onde a umidade aumenta, o que propicia a reprodução vetorial, conforme afirmam pesquisadores.
O gráfico abaixo apresenta uma série histórica do total de casos ocorridos em um intervalo de 10 anos nos 35 municípios que compõe o território de saúde de circunscrição da Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano e uma linha de tendência ascendente, que demonstra a necessidade de intervenção, fortalecimento de ações de controle, medidas preventivas, para que os casos diminuam, caso contrário, a tendência é só aumentar.
Fonte: SINAN-AGO/2017


E agora, como prevenir, como proteger minha família?

As recomendações para se evitar os riscos de transmissão, possuem caráter de proteção individuail e/ou coletiva e estão descritas no manual de vigilância da leishmaniose tegumentar atualizado em 2017 pelo ministério da saúde.

Recomendação como usar repelentes quando exposto a ambientes onde os vetores habitualmente possam ser encontrados, evitar a exposição nos horários de atividades do vetor (crepúsculo e noite), uso de mosquiteiros de malha fina (tamanho da malha 1.2 a 1.5 e denier 40 a 100), bem como a telagem de portas e janelas, manejo ambiental por meio de limpeza de quintais e terrenos, a fim de alterar as condições do meio que propiciem o estabelecimento de criadouros para formas imaturas do vetor, poda de árvores, de modo a aumentar a insolação, a fim de diminuir o sombreamento do solo e evitar as condições favoráveis (temperatura e umidade) ao desenvolvimento de larvas de flebotomineos, destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir a aproximação de mamíferos comensais, como marsupiais e roedores, prováveis fontes de infecção para os flebotomineos, limpeza periódica dos abrigos de animais domésticos, manutenção de animais domésticos distantes do intradomicílio durante a noite, de modo a reduzir a atração dos flebotomineos para este ambiente, são ações preventivas que diminuem o risco de transmissão para a  população.

Rerências:

Bastos, Thiago Souza Azeredo. Espécies de flebotomíneos e ecoepidemiologia na cidade  de Goiás - GO, Brasil [manuscrito] / Thiago Souza Azeredo Bastos - 2014. Disponível em: Acesso em: 05 de novembro de 2017.

Monteiro, Joesio Barbosa e Santos, Marcos Vanier dos. Influência no comportamento de dispersão de flebotomíneos vetores da leishmaniose visceral no semiárido da divisa entre Bahia e Sergipe: uma abordagem holística. Disponível em: Acesso em: 05 de novembro de 2017.

Brasil. Ministério da Saúde. Manual de vigilância da leishmaniose tegumentar [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2017. 189 p. : il. Disponível em: Acesso em: 05 de novembro de 2017.

1 de out. de 2017

Escorpiões

Captura e manejo ambiental de escorpiões

A Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano, através no Núcleo de Vigilância em Saúde Ambiental/Zoonoses, em parceria com o município de Caratinga, promoveu nos dias 25 a 29 de setembro o Curso teórico/prático de captura e manejo de escorpiões no auditório da UDC Caratinga.

A abertura do curso foi oficializada pela Superintendente Regional de Saúde de Coronel Fabriciano, Déborah Roland Cabral. A semana foi de intensa discussão e reflexões teóricas. No quarto dia de curso foi realizado o trabalho de campo na zona rural do Município de Imbé de Minas, já Município de Caratinga a atividade de campo foi desenvolvida no Bairro Esperança.

Os participantes realizaram busca e coleta intensiva; na zona rural removeram pedras, telhas, tijolos, inspecionaram paiol, lonas de secar café e tudo o que aprenderam que poderia promover o abrigo de escorpiões; em Caratinga, inspecionaram o cemitério e imediações, considerada uma das localidades de maior registro de incidência de escorpiões.

No território explorado, foi coletado grande quantidade de escorpiões e também exemplares de espécies de outros animais peçonhentos como aranhas, "marron e viúva negra", foi visualizado no trabalho de campo  outros animais em seu habitat como sapos, cobras, entre outros.

Os animais recolhidos foram identificados e encaminhados para a FUNED (Fundação Ezequiel Dias), para terem além da identificação de espécie oficial, destinação a produção de soros.
Considero que o fruto desta semana intensa é muito aprendizado, amizade e o fortalecimento das ações de Vigilância no território.

Além da contribuição efetiva e singular de nosso velho guerreiro e conhecedor do assunto,  Manoel Carlos Santos, tivemos a contribuição de convidados também especializados; Andreia - Referência Técnica Estadual de Animais Peçonhentos e Esquistossomose, Michele Egydio Referência Regional de Imunização, Michele Martins, Bióloga da Secretaria de Saúde de Belo Horizonte e Leonardo também Biólogo da Secretaria de Saúde de Itabirito.

O curso utilizou a metodologia de aulas expositivas interativas, pratica em campo e aula de laboratório onde visualizaram em microscópio toda a estrutura morfológica do escorpião, sendo possível também visualizar a fluorescência emitida pelo escorpião quando em contato com a "Luz Negra", um recurso útil para sua captura a noite.
Dos 35 municípios que compõe o território de saúde da SRS de Cel. Fabriciano 21 municípios participaram, o que representa uma adesão de 60% dos municípios.
Escorpião em luz ambiente.
Escorpião sob Luz Negra.




















Veja o vídeo das etapas do treinamento abaixo:

Vídeo síntese do treinamento de captura e manejo de escorpiões

Veja também link de divulgação de matéria no Jornal de Caratinga:
https://www.diariodecaratinga.com.br/?p=46217

5 de mar. de 2017

Como matar o mosquito da dengue

Seguindo uma máxima de que; "em si tratando de controle de epidemias nas cidades tudo o que voa tem que cair"; os formuladores e executores de políticas públicas de saúde, ao priorizarem o controle vetorial de transmissores de arboviroses, com a utilização de inseticidas (agrotóxicos), chancelam o maior desequilíbrio ambiental jamais mensurado.

Para Fernando Carneiro, biólogo, pesquisador e diretor da Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ/Ceará os programas nacionais de controle vetorial adotam ações equivocadas; evidenciadas pelo uso de inseticidas de diversas formas, seja aplicado via UBV (ultra baixo volume), popularmente conhecido como fumacê, tratamento focal ou aplicação por bomba costal manual ou motorizada.
A negligência política que não preconiza investimentos em saneamento básico, em detrimento de ações imediatistas de curto prazo, sem nenhum respeito a sustentabilidade, condicionam as emergências em saúde há uma prática de apagar incêndios epidêmicos, literalmente despejando inseticida nas cidades.
Figura retirada de: https://postaisalemanha.blogspot.com.br/2015/01/
matar-mosca-com-elefante.html

Em entrevista realizada a revista do Instituto Humanista UNISINOS, em artigo intitulado "O fracasso do saneamento básico e a emergência de doenças vetoriais" Fernando afirma que com anos e décadas de usos intensivos dos fumacês, o mosquito ficou resistente ao veneno, o que fez o Ministério da Saúde a usar o Malathion , um organofosforado que atinge o sistema nervoso central e é considerado pela Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer - IARC  um provável carcinógeno  humano".

Destaca que com tudo isso, o governo continua querendo matar o mosquito com bala de canhão e agora, ainda quer banhar as grandes metrópoles brasileiras com um provável carcinógeno humano. Isso é muito grave! Essa substância está liberada para uso e é encontrada em todo o país. E ainda, para ajudar... Deputados Federais ligados ao agronegócio estão propondo o uso de aviões para pulverizar esse veneno sobre as cidades.

7 de fev. de 2017

Febre Amarela

Sentinelas para a Febre Amarela Silvestre

Veja a entrevista abaixo, na íntegra, realizada em coletiva de imprensa no município de Caratinga:





Saúde investiga as mortes de macacos com suspeita de febre amarela silvestre na região e alerta sobre a importância de preservação dos primatas. Durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (26/01), o especialista em Políticas e Gestão de Saúde, Fabiano Martins, informou que os municípios da área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Coronel Fabriciano, já apresentam 59 registros de epizootias, ou seja, macacos mortos.
A maioria das carcaças de macacos, segundo ele, foi encontrada em Caratinga (cerca de 50%). Fabiano disse que os registros são feitos de acordo com as denúncias da população recebidas pelos serviços de saúde. Ele afirmou que na área da Regional de Saúde de Fabriciano já foram encontrados não só barbados mortos, como também macacos de outras espécies com os nomes científicos Callithrix e Callicebus personatus.
Devido ao aumento dos casos suspeitos de febre amarela em Minas Gerais, os macacos acabaram se transformando em vilões. Os macacos são tão vítimas quanto os humanos. O macaco, principal hospedeiro e vítima da febre amarela, é sentinela, indicando que o vírus está circulando em determinada região. Fabiano alerta para que os macacos sejam preservados, pois eles não transmitem a febre amarela. “É importante ressaltar também que quem violenta o primata está cometendo um crime ambiental e pode sofrer penalidades”.
A febre amarela silvestre é transmitida através da picada de mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem em matas e vegetações à beira dos rios. Quando o mosquito pica um macaco doente, torna-se capaz de transmitir o vírus a outros macacos e ao homem. “A fêmea do mosquito para se reproduzir precisa do sangue. Ela [fêmea] vive nas copas das árvores, assim como os primatas, que são arborícolas. Então, esse sangue é que ela vai buscar. Se esse animal começa a se rastejar porque já está doente, ele ficará mais próximo das pessoas e elas terão a impressão de que o macaco está manso. O comportamento dele está diferenciado devido à doença. Ele não trará nenhum risco à pessoa de transmitir a febre amarela, mas é importante que as pessoas tenham precauções, porque os primatas podem transmitir outras doenças”.

INVESTIGAÇÃO

A mortandade dos macacos está sendo investigada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Caratinga. A equipe de vigilância em epizootias composta pelo Fabiano, pelo técnico em Gestão de Saúde, Manoel Carlos, e pela médica veterinária do município, Clara Romanzotti, está realizando um trabalho de georreferenciamento, ou seja, um mapeamento das áreas geográficas onde foram encontrados macacos mortos.
Os materiais biológicos dos primatas que vieram a óbito em até 24 horas também estão sendo coletados para investigação e confirmação da suspeita de febre amarela silvestre. Fabiano explicou que os animais são submetidos a uma necropsia e são coletados fragmentos do fígado, baço, rins, pulmão, coração, cérebro. As amostras coletadas são enviadas para a FUNED (Fundação Ezequiel Dias), em Belo Horizonte, para investigação e confirmação da causa das mortes dos macacos.
Fabiano reforçou que a carcaça do animal não oferece viabilidade técnica para a realização do exame de necropsia. O especialista do Estado recomenda que as pessoas e os órgãos parceiros, como a Polícia Ambiental, comuniquem o encontro de macacos mortos dentro do prazo de 24 horas, para que os técnicos tenham condições de fazer a coleta das vísceras dos animais para análises laboratoriais.
“O objetivo desse trabalho é fechar o diagnóstico da circulação do vírus da febre amarela. Então, nossa finalidade é identificar esse vírus nos animais. Também temos outra frente de trabalho que é a entomológica, que vai verificar a presença desse vírus nos artrópodes, nesses insetos, que são os transmissores da doença”. A orientação para a população é não tocar no animal morto e informar as autoridades de saúde de seu município.

Disponível em TV Super Canal: Saúde investiga mortes de macacos por suspeita de febre amarela e alerta para preservação dos primatas

9 de fev. de 2016

Voltando

to-de-voltaApós cerca de 4 anos sem publicar nada neste Blog, muita coisa aconteceu em minha vida. Outro foi criado e dediquei parte do meu tempo a alimentá-lo, mas agora, este espaço terá uma nova formatação. Voltada para questões relativas a saúde especificamente.

19 de fev. de 2012

Carnaval


ESTRATÉGIA DE SÁUDE DA FAMÍLIA DE SANTA LUZIA-CARATINGA-MG
PROMOVENDO A SAÚDE E DEFENDENDO A VIDA!


GRITO DE CARNAVAL AIDS TÔ FORA

Em sintonia com a Campanha do Ministério da Saúde para o Carnaval 2012, a Estratégia de Saúde da Família de Santa Luzia, também cai na folia de conscientização, lancando o Grito AIDS TÔ FORA.
Com o apoio do NASF, Núcleo de Apoio a Saúde da Família e parceria com a Escola Estadual Maria Fontes, no dia 16 de fevereiro Santa Luzia parou para a mobilização de combate a AIDS e doenças sexualmente transmissíveis.
O Grito "Santa Luzia preste atenção, combate a AIDS é com prevenção" ecoou por todas a ruas, através de uma passeata, com marchinhas de carnaval e muita informação, não faltaram colares havaianos e faixas alusivas a campanha para darem aquele colorido.
O nosso recado foi dado, o trabalho é apenas o pontapé inicial de um projeto que se estenderá por todo o ano letivo, nas Escolas estaduais, Maria Fontes e Maria Alves.
Na empolgação pode rolar de tudo. Só não rola sem camisinha.Tenha sempre a sua.


A VIDA É MAIS FORTE QUE A AIDS
USE CAMISINHA!

28 de jan. de 2012

Febre Amarela

Vacinação contra Febre Amarela no Distrito de Santa Luzia - Caratinga MG

 
Comunidade da Fazenda Rio Doce, ao final da vacinação.

Técnica de Enfermagem Etelvina realizando imunização

Comunidade do Zé Quitéria

Enfermeiro Fabiano realizando imunização
Desde outubro de 2011 intensificamos a vacinação da população contra Febre Amarela e contra o tétano. A última campanha para vacinação em massa foi realizada em 1999 e 2001, quando ouve em Brasília DF, casos de febre amarela detectados e confirmados em primatas.
Além da realização de imunização na sede, em Santa Luzia distrito de Caratinga, para facilitar o acesso e atingir o percentual recomendado pelo Ministério da Saúde, realizamos visitas nas comunidades Zé Quitéria e Fazenda Rio Doce, a população aderiu a campanha, propagada pelos agentes e com o trabalho em equipe alcançamos todas as áreas cobertas pela ESF de Santa Luzia e imediações.
Fazenda Rio Doce

9 de jan. de 2012

Saúde

Força Estadual de Saúde

SES cadastra voluntários para Força Estadual de Saúde

Com mais de 87 municípios enfrentando sérios problemas com a chuva que tem castigado o estado nas últimas semanas, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) vai constituir, em caráter emergencial, a Força Estadual de Saúde.



O objetivo é assistir aos pacientes que, devido aos estragos provocados pelas águas, estão com dificuldades de acesso aos hospitais e às Unidades Básicas de Saúde (UBS) e não encontram meios para garantir a continuidade de seus tratamentos, como hipertensão, hemodiálise, entre outros procedimentos, como atendimentos de casos agudos e socorro às vítimas e, desta forma, reduzir as seqüelas e mortes evitáveis. A SES também irá levantar a rede de assistência das regiões afetadas para facilitar o encaminhamento dos pacientes quando necessário.



A secretaria vai contar com 20 caminhonetes 4 x 4 para transportar as equipes de voluntários e os insumos (medicamentos e material médico). Os voluntários vão receber uma ajuda de custo de R$386 para custeio das despesas pessoais (alimentação e hospedagem).



Segundo o Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Antônio Jorge de Souza Marques, o objetivo é cadastrar 60 voluntários entre médicos, enfermeiros e psicólogos que ficarão sob a coordenação da Defesa Civil Estadual. A equipe deverá atuar no mínimo cinco dias e no máximo 30 dias nos municípios.



“É uma ação de solidariedade com os atingidos. Para garantir assistência médica ágil às pessoas e, principalmente, permitir que os tratamentos e medicações controladas não sejam interrompidos pela catástrofe, prejudicando a saúde dos pacientes ou a eficácia dos tratamentos”, explicou.



O secretário ainda ressaltou que a Secretaria Estadual de Saúde tem como parceiros nesta iniciativa os Conselhos Regionais de Medicina, Enfermagem, Psicologia e Associação Médica.



Os profissionais interessados em participar podem se cadastrar no site da Secretaria de Saúde: http://www.saude.mg.gov.br/destaques/forca-estadual-de-saude-de-minas-gerais-formulario-de-cadastro



Dúvidas e outros detalhes, nos seguintes telefones: (31) 3915-9882/ (31)3915-9874 ou pelo e-mail urgencia@saude.mg.gov.br



Kits de Atendimento às Calamidades

O Governo de Minas já colocou à disposição, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), os “Kits de Atendimento às Calamidades” para a população de municípios afetados pelas chuvas. Estão sendo distribuídos também medicamentos, de acordo com a demanda apresentada pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais (Cedec-MG).



Os “Kits de Atendimento às Calamidades” contém itens que atendem às principais necessidades dos municípios, para a prevenção e o atendimento em casos de enfermidades decorrentes do período chuvoso, como amoxicilina, analségicos, paracetamol, sais de reidratação e sulfametoxazol, entre outros medicamentos.



Ações de prevenção

A Diretoria de Vigilância Ambiental da SES-MG vem atendendo aos pedidos das Regionais de Saúde em todo o Estado. Para as Regionais de Belo Horizonte, Divinópolis, Ponte Nova e Manhmirim, responsáveis por 159 municípios, foram liberados 44 mil frascos de Hipoclorito de sódio 2,5%, que é utilizado na desinfecção de água para consumo humano. Para a Regional de Ubá, houve o envio de soro antirrábico, soro antibotrópico e antiaracnídico, para atendimento emergencial.



A SES-MG garante também a vacinação nos municípios mais afetados. A vacina contra o tétano (dupla adulto) é a mais solicitada no período chuvoso. As 28 Superintendências/Gerências Regionais de Saúde estão com estoque garantido e as doses são encaminhadas de acordo com demanda dos municípios.



Ações de prevenção

Ações preventivas também têm sido realizadas pelos agentes da Secretaria de Estado de Saúde. Algumas delas são as seguintes:





Contatos constantes com a Defesa Social para levantamento de informações sobre os municípios atingidos;



Repasse de Nota Técnica para as Regionais atingidas informando os cuidados para evitar a ocorrência de

Leptospirose frente as enchentes;



Orientação da situação do município de Itaguara, que estava sem abastecimento de água;



Vigilância da qualidade da água para assegurar a potabilidade;



Repasse do alerta meteorológico para as Regionais de Saúde;



Impressão e distribuição de impressão de material educativo em caráter emergencial;



Atualização de dados epidemiológicos relacionados à Leptospirose e Acidentes pó Animais Peçonhentos nas Regionais de Saúde atingidas.

Além disso, a SES-MG irá realizar uma videoconferência operacional de emergência com as regionais atingidas pela chuva amanhã, sexta-feira (06/01), às 10 horas da manhã.



Os municípios que têm tido um acompanhamento mais intensivo pela Diretoria de Vigilância Sanitária até o momento são os seguintes: Visconde do Rio Branco, Itabirito, Belo Horizonte, Raul Soares, Congonhas, Guiricema, Guidoval, Ubá, Contagem, São Sebastião do Rio Preto, Poço Fundo, Brasília de Minas, Santo Antônio do Rio Abaixo, Ouro Preto, Brumadinho, Dona Euzébia, Cataguazes, Cipotânea, Moeda, Santana do Jacaré, Matipó, Bonfim, Lamim, Itaguama, Itaguara, Oliveira e Muriaé.



Medicamentos ofertados pela FUNED

A Fundação Ezequiel Dias (Funed) informa que tem disponível para doação os seguintes medicamentos: Metildopa 500 mg - 796.500 comprimidos -validade junho/2012; Sulfametoxazol + Trimetoprima 400+80mg – 133.000 comprimidos – validade março/2012; Loratadina 10mg – 1.240.000 comprimidos – validade agosto/2012.



Os medicamentos geralmente são solicitados pela Defesa Civil, responsável pela distribuição. Mas os medicamentos também podem ser doados diretamente para municípios que tenham necessidade.



Agência Minas, acesse aqui as notícias do Governo de Minas. Acompanhe também no http://www.youtube.com/agenciaminasgerais









Autor: Juliana Gutierrez

http://www.saude.mg.gov.br/noticias_e_eventos/ses-cadastra-voluntarios-para-forca-estadual-de-saude-1

8 de jan. de 2012

Hepatite




Vacina para hepatite B 


Quem tem até 29 anos já pode tomar vacina contra hepatite B


LOC/REPÓRTER: A partir deste ano, quem tem até 29 anos vai poder se vacinar contra a hepatite B. A faixa etária para vacinação, que até o ano passado era de 24 anos, foi ampliada pelo Ministério da Saúde. A medida passa a valer a partir deste mês. A hepatite B é uma infecção do fígado que nem sempre apresenta sintomas, mas que pode evoluir e se tornar uma doença crônica. A transmissão pode ocorrer pela relação sexual desprotegida e pelo compartilhamento de objetos contaminados como: lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, alicates de unha, instrumentos para uso de drogas, cirúrgicos e odontológicos. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressalta a importância da vacina para a redução do número de casos da doença.


TEC/SONORA: ministro da Saúde – Alexandre Padilha

"As hepatites virais, que são chamadas hepatites crônicas de transmissão ou por endovenosa, por secreções, por doenças sexualmente transmissíveis; essas eu diria que são os grandes desafios para nós. Porque tem algumas como hepatite B que já temos vacinas. Então ampliarmos a vacinações têm permitido a redução do número de casos e a proteção. A proteção dos profissionais de saúde, proteção das gestantes, proteção dos jovens. Agora vamos ampliar a vacinação até aos 29 anos".



LOC/REPÓRTER: Só no ano passado, o Ministério da Saúde ampliou em 163 por cento a quantidade de vacinas compradas para a hepatite B. No total, foram investidos mais de 83 milhões de reais. O Sistema Único de Saúde oferece ainda a dose para pessoas de qualquer idade que correm mais risco de contrair a doença como profissionais de saúde, manicures, gestantes, bombeiros e policiais civis.



Reportagem, Alexandre Penido


Fonte: http://www.webradio.saude.gov.br/noticia.php?codigo_noticia=PDMS120018


4 de jan. de 2012

Santa Luzia

Uma grande dificuldade, para nós profissionais que atuamos na área de Santa Luzia, é localizar um morador quando o mesmo dá como referência de moradia o nome do rio. Quando consideramos sua extensão dificilmente conseguiremos localizá-lo se não tivermos uma outra referência tendo em vista a sua extensão; mas uma coisa pode se perceber através das fotos.Uma pessoa que mora no Rio Preto, definitivamente não mora no Rio Claro e mais interessante é perceber isso agora nas cheias, onde, mesmo com um volume de chuva grandioso, o Rio Preto não fica com suas águas barrentas, ao contrário do Rio Claro.
O fato é tão curioso, que o meu instinto científico aguça minha vontade de descobrir qual propriedade, química, física ou mineral tem nessa água para que ela fique sempre assim, me lembra o Rio Negro no Amazonas, mas enquanto o projeto não sai dá cachola, as imagens dizem tudo. Vale a pena conferir.
Rio preto recebendo enxurrada nas margens, com coloração amarelada
e o seu leito permanece a mesma cor.

Este é o Rio Claro


Sua água de coloração característica de cheias.

Santa Luzia - Caratinga MG

Causos da ESF de Santa Luzia - Caratinga MG

Hoje, mesmo debaixo de chuva nos dirigimos a zona rural de Santa Luzia para realizarmos visita domiciliar; tendo em vista a necessidade de assistência  a saúde a dispensar; nos deparamos com muito barro, mas chegamos ao nosso destino e cumprimos o nosso objetivo. Fizemos a saúde acontecer sem medo, mas o retorno não foi nada fácil, no nosso caminho não havia uma pedra havia um morro, um morro no meio do caminho.
Este foi o nosso obstáculo, pelo menos parecia, até quando foram chegando os moradores para nos ajudarem a empurrar a ambulância morro acima.
 Uma  atitude de ombridade da comunidade, pois todos prontos com a força física, enchada em punho, conseguimos transpor o obstáculo, uma comunidade distante a uns 50 minutos de Santa Luzia, conhecida como Zé Quitéria, mostra-se solidária ao SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE.

Contamos com a solidariedade dos moradores

Disposição e solidariedade a serviço da saúde,
assim também construimos o SUS que queremos!